Riqueza de Brazão aumentou 817% em 8 anos, apontam declarações ao TRE

Atualizado em 24 de janeiro de 2024 às 15:43
Domingos Brazão, suspeito de encomendar a morte de Marielle. Foto: reprodução

Domingos Brazão, conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro (TCE-RJ) e figura proeminente na política carioca, viu seu patrimônio crescer exponencialmente durante seus mandatos como deputado na Assembleia Legislativa do Rio (Alerj), de acordo com informações registradas por ele próprio ao concorrer em eleições.

Segundo o colunista Guilherme Amado, do Metrópoles, entre 2006 e 2014, o patrimônio de Brazão passou de R$ 1,2 milhão para R$ 11,4 milhões, representando um aumento de 817% em oito anos. Durante esse período, foram registrados bens de grande valor, como um Porsche 2012, uma casa na Barra da Tijuca e participações em empresas, entre outros.

Quando Brazão iniciou seu terceiro mandato na Alerj, em 2006, seus bens mais valiosos incluíam um terreno na zona oeste carioca (R$ 270 mil), uma Mitsubishi Pajero 2004 (R$ 198.500) e um apartamento na Barra da Tijuca (R$ 196.000). Em contraste, em 2014, os itens de maior valor incluíam um Porsche 2012 (R$ 299.000), uma casa na Barra da Tijuca (R$ 930.000) e participações em empresas totalizando milhões de reais.

O ex-deputado, adepto ao bolsonarismo, está sob os holofotes devido ao seu suposto envolvimento no caso Marielle Franco. Citado na delação premiada do ex-PM Ronnie Lessa, acusado de ser o executor da vereadora, Brazão é apontado como mandante do assassinato.

O conselheiro do TCE-RJ enfrenta uma ação penal no Superior Tribunal de Justiça (STJ) por corrupção passiva, organização criminosa e lavagem de dinheiro.

Recentes revelações indicam que Brazão movimentou R$ 14 milhões em suas contas bancárias em dois anos, elevando seu patrimônio de R$ 13,7 milhões para R$ 18,8 milhões. O conselheiro tenta anular quebras de seus sigilos determinadas pelo STJ.

Em entrevista ao Metrópoles, Brazão negou envolvimento na morte de Marielle Franco, afirmando que a Polícia Federal está o “fazendo sangrar”. “Outra hipótese que pode ter é a própria Polícia Federal estar fazendo um negócio desse, me fazendo sangrar aí, que eles devem ter uma linha de investigação e vão surpreender todo mundo aí”, argumentou.

 

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