Em sua autobiografia, Rita Lee profetizou a repercussão de sua morte, brincando sobre como seria a reação das pessoas diante do óbito. Na obra, publicada em 2016, ela diz que seus fãs “empunharão capas dos seus discos e entoarão ‘Ovelha Negra'”, movimento que já teve início nas redes sociais.
Sobre a repercussão da web, ela acreditava que um dos comentários mais frequentes seria: “ué, pensei que a véia já tivesse morrido, kkk”. Rita Lee também disse que nenhum política compareceria ao seu enterro, já que ela nunca fez campanha para nenhum deles.
“Nenhum político se atreverá a comparecer ao meu velório, uma vez que nunca compareci ao palanque de nenhum deles e me levantaria do caixão para vaiá-los”, escreveu.
Os trechos são parte de do livro “Uma autobiografia”, de 196 páginas, que a fez concorrer ao Prêmio Jabuti de 2017. A obra narra sua infância, seu início na vida artística, a prisão, o relacionamento e seus dias como uma pessoa mais velha, incluindo sua reflexão sobre a morte.
“Quando eu morrer, posso imaginar as palavras de carinho de quem me detesta. Algumas rádios tocarão minhas músicas sem cobrar jabá, colegas dirão que farei falta no mundo da música, quem sabe até deem meu nome para uma rua sem saída”, escreveu.
As reflexões da artista ainda passam sobre o que fará no momento atual, após a morte. “Eu de alma presente no céu tocando minha autoharp e cantando para Deus: ‘Thank You Lord. Finally Sedated'”, profetizou Rita Lee.
