Rival de Maduro, Edmundo González pede asilo político à Espanha e sai da Venezuela

Atualizado em 8 de setembro de 2024 às 7:37
Edmundo González, candidato da oposição na Venezuela. Foto: reprodução

O candidato opositor Edmundo González, que concorreu contra Nicolás Maduro nas eleições de julho na Venezuela, deixou o país neste sábado (7), seguindo para a Espanha, onde solicitou asilo político. González havia se tornado alvo de um mandado de prisão expedido pela Justiça venezuelana após solicitação do Ministério Público.

A vice-presidente da Venezuela, Delcy Rodríguez, confirmou a informação, que foi posteriormente validada pelo Ministério das Relações Exteriores da Espanha na madrugada deste domingo (8).

Em comunicado oficial feito nas redes sociais, Delcy Rodríguez afirmou: “Hoje, em 7 de setembro, o cidadão da oposição Edmundo González Urrutia, que foi refugiado voluntário na embaixada da Espanha em Caracas por vários dias, solicitou asilo político ao governo espanhol.”

Ela também explicou que o governo venezuelano permitiu sua saída da embaixada e organizou seu transporte até o aeroporto, sem efetuar sua prisão.

“A esse respeito, uma vez que os contatos relevantes entre os dois governos foram realizados, e uma vez que todos os detalhes do caso foram concluídos e de acordo com o direito internacional, a Venezuela concedeu o devido salvo-conduto no interesse da paz e tranquilidade política do país”, informou.

Maduro ataca a la oposición y acusa a Edmundo González de planear supuesto golpe de Estado en Venezuela
Maduro e Edmundo González. Foto: Repodução

O governo espanhol informou ainda que González partiu de Caracas a bordo de um avião da Força Aérea Espanhola. “O governo da Espanha forneceu os meios diplomáticos e materiais necessários para sua transferência, realizada a seu pedido”, indicou.

Vale destacar que, no dia 2 de setembro, a Justiça venezuelana emitiu a ordem de prisão contra González, depois de ele ignorar três convocações para prestar depoimento.

O Ministério Público venezuelano, alinhado ao governo de Maduro, investiga González por crimes como usurpação de funções da autoridade eleitoral, falsificação de documentos, incitação de atividades ilegais, sabotagem de sistemas e associação criminosa. Segundo o Ministério Público, a prisão foi solicitada devido à recusa de González em cooperar com as investigações.