A nomeação de Fabrício Queiroz, ex-assessor de Flávio Bolsonaro e investigado por suposto envolvimento no esquema das “rachadinhas”, para um cargo na Fundação de Apoio à Escola Técnica do Estado do Rio de Janeiro (Faetec) em Bacaxá, Saquarema, está gerando repercussão negativa. Queiroz será responsável pela chefia de funcionários terceirizados na instituição, situada na Região dos Lagos.
Queiroz esteve no centro das atenções quando o Coaf detectou movimentações financeiras suspeitas em suas contas, somando cerca de R$ 7 milhões entre 2014 e 2017. Em 2020, ele foi preso em Atibaia (SP), enquanto estava no imóvel do advogado de Flávio Bolsonaro, Frederick Wassef, mas foi liberado para prisão domiciliar e teve sua situação alterada pelo STJ em 2021.
A polêmica intensificou-se com a revelação de extratos bancários, que mostraram depósitos de Queiroz na conta de Michelle Bolsonaro, esposa do presidente, entre 2011 e 2016, totalizando R$ 72 mil, além de depósitos adicionais feitos pela esposa de Queiroz, Márcia Aguiar.
Especialistas e críticos afirmam que a nomeação de Queiroz para um cargo em uma instituição voltada ao ensino técnico e à pesquisa científica pode impactar a credibilidade da Faetec, que é supervisionada pela Faperj. Eles questionam se o histórico de Queiroz é compatível com as responsabilidades públicas e a integridade que o cargo exige.
Figuras da oposição e representantes da sociedade civil também reagiram, pedindo maior rigor na escolha de candidatos para funções em instituições públicas, especialmente aquelas ligadas ao governo estadual e que lidam com ensino e pesquisa.
Em meio às críticas, o governo Cláudio Castro defende a decisão, mas ainda não respondeu a todos os questionamentos sobre os critérios adotados para a nomeação de Queiroz na Faetec Bacaxá.
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