Após o ex-deputado e presidente do PTB, Roberto Jefferson, resistir à prisão da Polícia Federal, atirar com fuzil e jogar duas granadas contra agentes policiais, neste domingo (23), ele foi indiciado pela corporação por quatro tentativas de homicídio.
O indiciamento é referente aos dois policiais que foram alvejados durante a ação e outros dois que estavam em uma viatura, mas não se feriram.
Aliado do presidente Jair Bolsonaro (PL), Jefferson foi autuado por atirar contra os agentes que foram a Comendador Levy Gasparian, no interior do Rio de Janeiro, para cumprir um mandado de prisão expedido pelo presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Alexandre de Moraes.
Outras entidades e senadores também apoiaram e promoveram ações para a prisão do ex-deputado após os ataques contra a ministra contra a ministra Cármen Lúcia, do STF, na sexta-feira (21).
Por volta das 11h, quando os agentes chegaram na residência do ex-deputado, Jefferson recebeu os policiais com duas granadas e com diversos disparos de fuzil. Ao todo, o ex-deputado bolsonarista contabilizou oito horas desrespeitando a ordem do STF até o momento de sua rendição, às 19h. A polícia teve que instaurar um cerco ao redor da casa.
O sistema do Exército apontou que a licença do bolsonarista estava suspensa e que ele não poderia ter ou transportar quaisquer tipo de armas fora de Brasília. O seu mandado foi expedido por manter um arsenal de armas de forma irregular em sua casa.
Por conta do descumprimento da decisão, o Exército abriu processo administrativo para apurar o caso e a Polícia Federal instaurou o inquérito em esfera criminal.
Segundo o G1, Jefferson está no presídio de Benfica, na Zona Norte do Rio de Janeiro, e irá passar por audiência de custódia na tarde desta segunda-feira (24) na Justiça Federal.