Após a Polícia Federal realizar uma perícia, nesta segunda-feira (24), na casa do terrorista bolsonarista Roberto Jefferson (PTB), foi apontado que ele havia premeditado a reação violenta contra o delegado e agentes que cumpriam uma ordem de detenção por violação de termos da prisão domiciliar.
A suspeita é a de que o simpatizante do presidente Jair Bolsonaro (PL) montou o cenário após sua filha ter divulgado nas redes sociais, na última sexta-feira (21), um vídeo em que ele xinga Cármen Lúcia, ministra do STF, associando-a a termos como “prostitutas”, “arrombadas” e “vagabundas”. Com informações da Folha.
A PF ainda tenta identificar se o aliado do ex-capitão fez o vídeo de propósito para provocar sua prisão ou se a premeditação ocorreu após a repercussão. Também encontraram um tripé para gravação de imagens e fita adesiva utilizada nas granadas, além de marcas de 60 tiros de fuzil. O laudo da perícia deve ficar pronto nos próximos dias.
No último domingo (23), policiais federais cumpriram uma ordem do ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal). Ele estava proibido de dar entrevistas, receber visitas e usar redes sociais.
Roberto Jefferson reagiu com tiros de fuzil e jogando duas granadas contra os agentes e foi indiciado sob suspeita de quatro tentativas de homicídio contra policiais. Após oito horas de resistência, o bolsonarista resolveu se entregar e foi encaminhado para a Superintendência da Polícia Federal no Rio de Janeiro.