Em audiência de custódia na segunda-feira (24), o ex-deputado federal Roberto Jefferson (PTB) voltou a ofender a ministra Cármen Lúcia do Supremo Tribunal Federal. O terrorista bolsonarista também acusou o ministro Alexandre de Moraes de fazer parte de uma milícia judicial. Com informações da Folha de S.Paulo.
Jefferson reforçou as várias ofensas à ministra, a quem comparou a uma “bruxa”, além de chamá-la de “prostituta arrombada”: “Fiz um comentário mais duro contra o voto escandaloso da ministra Cármen Lúcia. Quero pedir desculpas às prostitutas pela má comparação, porque o papel dela foi muito pior, porque ela fez muito pior, com objetivos ideológicos, políticos. As outras fazem por necessidade”.
O aliado do presidente Jair Bolsonaro afirmou ainda que Moraes tem um problema pessoal com ele e com o PTB. Para ele, o ministro o persegue há dois anos. Jefferson é alvo do inquérito das milícias digitais, no STF, que tem Moraes como relator.
“Ele e o ministro Fachin. Eles cortam parte do fundo partidário do PTB contra a lei, porque o partido se colocou contra o ativismo do STF, especialmente do ministro Alexandre de Moraes”, disse. “Ele diz que eu faço parte de uma milícia digital, mas eu acho que ele faz parte de uma milícia judicial no STF, por isso nós temos problemas. Ele mandou a Polícia Federal na minha casa quatro vezes, mas com que fundamento? Busca e apreensão? De quê? Busca e apreensão genérica. Eles vão lá procurar algo para tentar me incriminar.”
O ex-palarmentar foi preso no último domingo (23) por determinação de Moraes. Durante a operação da Polícia Federal, Jefferson atacou os agentes com tiros e granadas. Dois deles ficaram feridos, atingidos por estilhaços.
Na audiência de custódia, concedida ao juiz instrutor do gabinete de Moraes, Airton Vieira, foi decidido que terrorista bolsonarista deve permanecer preso. Ele será transferido para o presídio Pedrolino Werling de Oliveira, conhecido como Bangu 8, no Complexo de Gericinó, onde esteve detido no ano passado.