Robôs ou canalhice? Site da Veja exibe matéria de 2012 associando Haddad a Temer como a mais vista

Atualizado em 23 de agosto de 2018 às 10:21
Matéria de 2012 associando Temer a Haddad na Veja de hoje

Desde a noite de quarta, dia 22, a versão online da Veja exibe na seção das mais lidas uma matéria de seis anos atrás.

“Com presença de Temer, PMDB oficializa apoio a Haddad”, é o título.

“Vice presidente negou barganha de cargos para selar aliança em São Paulo” é o subtítulo.

Quando o sujeito clica, e só então, aparece a data de 11 de outubro de 2012.

“O PMDB do candidato derrotado Gabriel Chalita finalmente oficializou, nesta quinta-feira, o apoio ao petista Fernando Haddad, que disputa o segundo turno das eleições em São Paulo contra o tucano José Serra”, diz o texto.

“O vice-presidente da República, Michel Temer, presidente licenciado do PMDB, compareceu à reunião do partido na capital paulista por volta das 13 horas, onde abriu o pronunciamento ao lado de Chalita e Haddad”.

Etc.

Só por um instante imagine o que uma “notícia” dessas, nesse período da campanha, poderia provocar num público que espuma de ódio só de ouvir falar no nome de petistas.

Michel Temer é o aliado que todos querem para seus adversários.

O que uma reportagem de 2012 atrás está fazendo no topo das mais acessadas?

Pode ser ação de robôs da internet a soldo de um dos candidatos.

Nesse caso, a Veja deveria alertar os leitores que aquela informação está sendo tirada da tumba por oportunismo.

Não o faz porque se trata de Fernando Haddad.

Resta ainda como explicação a pura e simples canalhice.

Como se sabe, o que a Veja produz com relação a seus “inimigos” há tempos pode ser chamado de qualquer coisa, menos de jornalismo.

Descer mais um degrau não é difícil.