O cantor e compostiro Roger Waters, um dos fundadores da banda Pink Floyd, é um crítico do presidente Jair Bolsonaro (PL), a quem chama de neofascista. Em entrevista à Folha de S. Paulo, o músico detonou o ex-capitão.
“De longe, vi a Covid no Brasil e a bagunça pavorosa que o governo fez disso. Tenho lido muito sobre as coisas que Bolsonaro diz. Ele é um porco fascista convicto, como sabemos”, afirmou Waters.
Há duas semanas, ele se uniu a personalidades como o filósofo Noam Chomsky, o ator Danny Glover e a prefeita de Paris, Anne Hidalgo, em um manifesto que reivindicou a criação de “um poderoso movimento de solidariedade internacional” em defesa da democracia no Brasil. Mais de 400 signatários já se uniram a eles.
O texto foi lido publicamente na última quinta-feira (22), em evento realizado na PUC (Pontifícia Universidade Católica) de São Paulo. O documento foi articulado pelo Washington Brazil Office (WBO), think tank brasileiro e apartidário sediado nos Estados Unidos.
“Devemos nos unir em solidariedade a todos no Brasil, pois esperamos que a maioria das pessoas acredite na democracia, no Estado de Direito e nos direitos humanos”, disse Roger Waters à Folha. “Queremos mostrar nosso desdém absoluto por neofascistas como Bolsonaro.”
O músico também defende o voto no ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que segue liderando as pesquisas presidenciais a poucos dias das eleições. O petista também ganhou nas últimas semanas diversos apoios de diferentes setores da sociedade, e tem grandes chances de sair vitorioso ainda na primeira etapa do pleito.