Na manhã desta terça-feira (15), a Polícia Federal e o Ministério Público Federal (MPF) deflagraram na manhã desta terça-feira a Operação Florida Heat, contra o tráfico internacional de armas. O ex-policial Ronnie Lessa, acusado de ser o executor da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, em 2018, é um dos alvos.
O PM reformado está na Penitenciária de Campo Grande, no Mato Grosso do Sul. Lá a PF cumpriu o novo mandado contra ele. De acordo com as investigações, que duraram ao menos dois anos, a quadrilha usava uma impressora 3D para terminar de montar o armamento, despachado clandestinamente dos EUA.
Ao todo, 50 agentes federais cumprem sete mandados de prisão preventiva e cinco de busca e apreensão. Todos expedidos pela 1ª Vara Federal Criminal do Rio. A PF afirma que o grupo investia o dinheiro adquirido com o tráfico de armas em imóveis residenciais, criptomoedas, ações, veículos e embarcações de luxo.
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Investigações contra Ronnie Lessa
As investigações desvendaram a existência de um grupo responsável pela aquisição de armas de fogo, peças, acessórios e munições nos EUA e pelo envio ao Brasil. Uma das equipes da operação foi até uma casa em Vila Isabel, na Zona Norte. Segundo as investigações, esse era o endereço para onde o armamento era enviado.
Os investigadores dizem que a célula americana enviava as armas tanto em contêineres em navios cargueiros quanto em encomendas postais por avião pelos estados do Amazonas, de São Paulo e de Santa Catarina, e tinham como destino final o Rio.
Nas “oficinas”, o grupo carioca finalizava o trabalho com auxílio de Ghost Gunners, impressoras 3D específicas para fazer armas, as quais eram “posteriormente distribuídas para traficantes, milicianos e assassinos de aluguel”.