A noite do último domingo, 27, foi imprescindível para a campanha do pré-candidato à Presidência da República, Sergio Moro. Uma reunião oficial foi agendada na casa do ex-juiz, em Curitiba, para mais uma rodada de aconselhamentos políticos com a cúpula do Podemos.
A Moro, foi prometido que desempenho estacionado entre 6% e 9% seria alavancado naturalmente na medida em que se aproximassem as semanas que antecedem a data do primeiro turno. Na realidade, acabou por ser o empurrão que faltava ele deixar o partido. Na quinta (31), foi anunciada a sua filiação ao União Brasil.
Esposa de Sérgio Moro, a advogada Rosângela Moro teria cobrado dos senadores paranaenses Alvaro Dias, Oriovisto Guimarães e Flávio Arns, todos do Podemos, maior empenho na defesa da candidatura de Moro, de acordo com a Veja.
Ainda segundo a revista, Rosângela, já havia afirmado a interlocutores que o partido mais atrapalhava do que ajudava o marido. Ela ouviu dos parlamentares, em resposta à cobrança, que a pré-campanha do marido estava “fora da realidade ao exigir altas cifras para atividades políticas e viagens de promoção do candidato”.
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Os gastos de Moro
Desde que se filiou ao partido, Moro gastou verba pública em suas andanças pelo Brasil e uma viagem à Alemanha, onde se hospedou no Hotel Atlantic Hamburgo. O hotel é um dos mais caros do país, com diária em torno do equivalente a R$ 4 mil.
As atividades do ex-juiz eram bancadas pelo Fundo Partidário destinado ao Podemos.
Além da cobrança pessoal de Rosângela Moro, a reunião final do ex-juiz com a cúpula do Podemos foi marcada por críticas à presidente da sigla Renata Abreu. Ela foi acusada de priorizar financeiramente a eleição de deputados federais. Renata também teria dado uma sequência de indiretas para que o ex-juiz procurasse um partido com maior estofo eleitoral.
No dia seguinte, Moro se reuniu com o presidente do União Brasil, Luciano Bivar, e anunciou sua filiação à sigla, detentora de cerca de 800 milhões de reais de fundo eleitoral.