Rosângela Moro não chega ao 2º turno em Curitiba

Atualizado em 6 de outubro de 2024 às 20:33
Rosângela Moro e Ney Leprevost. Foto: Divulgação

A chapa liderada pela deputada federal Rosângela Moro (União Brasil) e o deputado estadual Ney Leprevost (União Brasil) não avançará para o segundo turno das eleições para a prefeitura de Curitiba. Com 100% das urnas apuradas, os candidatos que seguem na disputa são Eduardo Pimentel (PSD), atual vice-prefeito, com 33,51% dos votos, e Cristina Graeml (PMB), que obteve 31,17%. Ney Leprevost ficou em terceiro lugar, somando apenas 6,49% dos votos, atrás de Luciano Ducci (PSB), que alcançou 19,44%.

A derrota na eleição tem implicações significativas para 2026, pois o senador Sergio Moro (União Brasil), marido de Rosângela, planeja concorrer ao governo do Paraná nas próximas eleições. A tentativa de eleger aliados em cidades estratégicas, como Curitiba, foi parte de sua estratégia política.

Rosângela Moro transferiu seu título eleitoral de São Paulo para Curitiba no início do ano, em um movimento que parecia estar ligado à possibilidade de uma eleição suplementar ao Senado, após a cassação de Sergio Moro pela Justiça Eleitoral — um cenário que, felizmente para eles, não se concretizou.

Sergio Moro (União Brasil), Rosângela Moro e Ney Leprevost. Foto: Reprodução

Ney Leprevost entrou na disputa deste ano amparado pelo bom desempenho que teve nas eleições de 2016, quando chegou ao segundo turno, superando o então prefeito Gustavo Fruet (PDT). Entretanto, foi derrotado por Rafael Greca, que se reelegeu em 2020.

O União Brasil acreditava que a presença do casal Moro poderia fortalecer a campanha de Leprevost, especialmente em uma disputa contra a “máquina” municipal e estadual apoiada por Pimentel, que conta com o respaldo do prefeito Rafael Greca e do governador Ratinho Junior (PSD). Ele também recebeu apoio do Novo, liderado pelo ex-procurador da Lava Jato, Deltan Dallagnol.

Durante a campanha, Rosângela e Sergio Moro foram pouco visíveis na propaganda eleitoral, e as bandeiras lava-jatistas não tiveram espaço no debate. Em julho, ela havia tentado engajar o antipetismo, afirmando que um dos motivos para aceitar o convite para integrar a chapa do União Brasil era “impedir o avanço do PT nos nossos municípios”. No entanto, essa bandeira perdeu força em Curitiba, onde o PT decidiu não lançar candidatos próprios e se uniu à coligação dos candidatos do PSB e do PDT.

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