As fortes chuvas que atingem o Rio Grande do Sul desde o final da semana já causaram a morte de 75 pessoas, enquanto 103 ainda estão desaparecidas, segundo o boletim divulgado pelo governo estadual neste domingo (5).
O número de feridos também é significativo, totalizando 155. As enchentes têm causado danos generalizados, impactando mais de 780 mil pessoas em 334 municípios do estado.
Desabrigados e desalojadas
A tragédia levou ao aumento expressivo no número de desabrigados e desalojados. Há atualmente 16.609 pessoas desabrigadas, que foram alocadas em abrigos públicos, enquanto 88.019 pessoas estão desalojadas, tendo que encontrar soluções alternativas para moradia. Além das perdas humanas, a infraestrutura do estado foi severamente afetada, com consequências para o abastecimento de água, energia elétrica e serviços de telefonia.
Fornecimento de energia elétrica e telecomunicações
O fornecimento de energia elétrica foi interrompido para cerca de 421 mil domicílios, enquanto a empresa Corsan relatou que 839 mil imóveis estão sem abastecimento de água. A situação é crítica também para as telecomunicações: 46 municípios ficaram sem serviços de telefonia e internet pela TIM, 45 pela Vivo e 24 pela Claro. A instabilidade nos serviços essenciais tem tornado o processo de resgate e atendimento às vítimas ainda mais desafiador.
Aulas suspensas e rodovias travadas
As enchentes levaram à suspensão das aulas em 2.338 escolas da rede estadual, afetando quase 200 mil alunos. Além disso, 250 escolas sofreram danos estruturais devido às chuvas intensas. O governo estadual ainda está avaliando a situação antes de liberar um cronograma para o retorno às aulas.
O impacto das chuvas foi sentido também nas rodovias estaduais, com 113 trechos em 61 estradas bloqueados devido a danos em estradas e pontes. Sete rodovias foram liberadas ao longo do sábado, mas duas barragens continuam em situação de emergência, com risco de rompimento. A situação nas estradas prejudica o acesso das equipes de resgate e torna a logística de ajuda mais complexa.
Leite fala em “Plano Marshall”
O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, afirmou que a região vai precisar de um “Plano Marshall”, em referência ao plano de reconstrução europeu pós-Segunda Guerra Mundial. Leite destacou que a chegada de reforços será crucial para as operações de resgate e reconstrução, mas que a prioridade agora é a busca por sobreviventes. “Tudo o que é possível empregar está sendo empregado. Vai chegar mais gente. Não porque não tenham chegado antes porque não quisessem, mas porque essa mobilização leva um tempo”, disse.
Lula acompanha a situação
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) também retornou a região e segue acompanhando a situação. A expectativa é de que as ações emergenciais continuem, com foco no resgate de vítimas, reconhecimento de corpos e reconstrução de áreas afetadas.
Chegamos no Rio Grande do Sul para fortalecer o trabalho de apoio ao povo gaúcho que vem sendo feito pelo governo federal, estadual e pelas prefeituras.
? @ricardostuckert pic.twitter.com/xDTaRrG007
— Lula (@LulaOficial) May 5, 2024
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