RS: PF não cobrou documentos das pessoas que resgataram armas da Taurus no aeroporto

Atualizado em 19 de maio de 2024 às 7:48
Grupo de voluntários removem caixas com armas da Taurus no Aeroporto Internacional Salgado Filho, em Porto Alegre (RS). Foto: Reprodução

A equipe da Polícia Federal (PF) envolvida no resgate de aproximadamente 3 mil armas da Taurus no Aeroporto Internacional Salgado Filho, em Porto Alegre (RS), não verificou as identidades das pessoas que atuaram na ação.

Segundo apuração do UOL, a equipe do Controle de Operações Táticas da Polícia Federal (COT) no Rio Grande do Sul não checou a identidade das pessoas que participaram do resgate da carga. A ação tinha como objetivo evitar saques de grupos criminosos.

Em nota, a PF disse que a responsabilidade pela verificação dos participantes da operação era “exclusivamente” da empresa proprietária da carga.

“A retirada das armas que estavam depositadas no Aeroporto Internacional Salgado Filho foi coordenada pela Polícia Federal, em articulação com a Fraport, administradora do Aeroporto Internacional Salgado Filho, e com a empresa proprietária da carga e as pessoas contratadas por ela, sendo esses, exclusivamente, os participantes envolvidos com a logística de remoção do armamento”, destacou a corporação.

O caso ganhou destaque após uma equipe de voluntários, envolvidos no resgate de vítimas das enchentes no estado gaúcho, afirmar que foi enganada e coagida por uma suposta funcionária da Taurus.

Nicolas Vedovatto, um dos voluntários, relatou ao UOL que o grupo foi acionado para resgatar crianças, mas acabou no aeroporto carregando caixas de armamentos.

Voluntários atuam em resgate de armas no Aeroporto Internacional Salgado Filho, em Porto Alegre (RS). Foto: Reprodução

“Eles [agentes] pareciam não saber que éramos civis (…) um dos agentes até botou a mão na cabeça quando descobriu que levamos a primeira remessa [de armas] de barco até um caminhão sem nenhuma escolta. Em nenhum momento perguntaram quem éramos”, disse.

Vedovatto e cinco amigos que participaram do resgate da carga bélica da Taurus afirmaram que em momento algum tiveram suas identidades confirmadas.

A Taurus, por sua vez, alegou desconhecer a participação de pessoas não autorizadas na operação. Em nota enviada ao UOL, a empresa mencionou que contou com o apoio do COT e de viaturas de uma transportadora credenciada.

“A conferência e manuseio das armas foram feitas por 12 funcionários da Taurus, da área de logística, devidamente capacitados. A empresa desconhece a participação de voluntários e vai levantar os fatos junto às autoridades policiais que participaram da operação”, afirmou.

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