Exército russo controla Usina de Chernobyl, diz Ucrânia

Atualizado em 24 de fevereiro de 2022 às 15:45
Chernobyl
Ucrânia usou redes sociais para expor receio de que ocupação da Usina leve a um novo desastre. Foto: Divulgação.

Um assessor da presidência da Ucrânia informou, nesta quinta-feira (24), que após invadirem o país, as forças russas estão controlando a Usina de Chernobyl. Mais cedo, o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, já havia declarado, pelo Twitter, que o país estava lutando para impedir que a Rússia ocupasse a antiga usina nuclear.

“Nossos defensores estão sacrificando suas vidas para que a tragédia de 1986 não se repita”, escreveu Zelensky. “Esta é uma declaração de guerra contra toda a Europa”, acrescentou.

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Ocupação em Chernobyl poderia causar desastre ambiental

O Ministério das Relações Exteriores da Ucrânia também utilizou as redes sociais para se pronunciar sobre um possível “desastre”.

“Em 1986, o mundo viu o maior desastre tecnológico em Chernobyl”, tuitou o ministério. “Se a Rússia continuar a guerra, Chernobyl pode acontecer novamente em 2022.”

Na região separatista de Donetsky, a liderança ucraniana local informou que as forças russas atingiram um hospital local, matando quatro pessoas.

Além disso, segundo a administração regional, parte da região Kherson, no sul da Ucrânia, não estavam mais sob o controle de Kiev, capital ucraniana, onde quatro estações de metrô serão usadas como abrigos antiaéreos.

Entenda o conflito

Após acirramento das tensões na fronteira com a Ucrânia e o insucesso dos esforços diplomáticos, a Rússia atacou o país nesta quinta-feira (24) com bombardeios em diversas regiões, inclusive em Kiev. Os ataques foram autorizados pelo presidente russo, Vladimir Putin. Várias cidades foram atingidas, inclusive Kiev.

Antes de autorizar o ataque, Putin afirmou que a Rússia não poderia aceitar ameaças da Ucrânia. Na ocasião, o líder havia aumentado o tom ao afirmar que não aceitaria interferência estrangeira. 

Apesar disso, o conflito promete desestabilizar a Europa e envolver os Estados Unidos e a China. Trata-se, portanto, da maior crise de segurança no continente desde a Guerra Fria. As informações são da CNN.

A princípio, Vladimir Putin, teria autorizado uma “operação militar especial” na região de Donbas (ao Leste da Ucrânia, onde estão as regiões separatistas de Luhansk e Donetsk, as quais ele reconheceu independência). Porém, diferentemente disso, ataques foram vistos em diversas regiões. 

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