Nesta quinta-feira (28), a Rússia, após acusar os Estados e seus principais aliados de apoiarem a Ucrânia e incentivar ataques, alertou ao Ocidente que haverá forte resposta militar a qualquer novo ataque ao território russo.
Após dois meses desde que invadiu a Ucrânia, o governo russo relatou nos últimos dias o que diz ser uma série de ataques do exército ucraniano às regiões russas que fazem fronteira com o país, e advertiu que tais ataques podem provocar de uma escalada significativa.
No entanto, a Ucrânia não assumiu diretamente a responsabilidade, mas afirmou que os incidentes são vingança
Na invasão russa da Ucrânia em 24 de fevereiro de 2022, foram mortas milhares de pessoas, e outras milhões foram desalojadas, o que levantou o medo do confronto mais sério entre a Rússia e os Estados Unidos desde a Crise dos Mísseis Cubanos de 1962.
“No Ocidente, eles estão incitando abertamente Kiev para atacar a Rússia, inclusive com o uso de armas recebidas de países da Otan”, afirmou Maria Zakharova, porta-voz do Ministério das Relações Exteriores russo.
“Não os aconselho a testar ainda mais nossa paciência”, continuou.
Já na última terça-feira (26), o Ministério da Defesa russo disse que se os ataques continuarem, Moscou irá atacar os centros de tomada de decisão na Ucrânia, incluindo aqueles onde disse que os conselheiros ocidentais estavam ajudando Kiev.
“Kiev e as capitais ocidentais deveriam levar a sério a declaração do Ministério da Defesa de que o incitamento adicional da Ucrânia a atacar o território russo definitivamente levará a uma resposta dura da Rússia”, disse Zakharova.
“Você está sendo usado”, disse a porta-voz em relação ao presidente da Ucrânia diante dos acordos com países ocidentais.