A Rússia quer banir o movimento “child free” (anti-filhos) no país. Atualmente, há um projeto tramitando no Parlamento do país que estabelece uma lei contra quem apoia abertamente a ideia, prevendo punição a quem fizer “propaganda” sobre o tema.
O presidente da Duma, Câmara Baixa do Parlamento russo, Vyacheslav Volodin, anunciou que o projeto vai multar em até 400 mil rublos (cerca de R$ 22,8 mil) pessoas físicas e até 5 milhões de rublos (R$ 285,2 mil) empresas que promoverem “propaganda de ausência de filhos” no país.
A ideia começou as ser discutida no Legislativo do país em setembro de 2022 e pouco depois aulas com “lições sobre família” foram incluídas no currículo escolar. Segundo autoridades russas, o objetivo das meidas é “formar uma sociedade saudável” e aumentar a “popularização de famílias numerosas”.
Paralelamente, o acesso à contracepção de emergência e ao aborto tem sido limitados no país, com novas diretrizes do Ministério da Saúde pedindo para que médicos tentem dissuadir a gestantes a realizar o procedimento. Ao menos dez regiões da Rússia impuseram multas para quem “induzir” mulheres a abortar.
A Rússia tem enfrentado uma crise demográfica, com sua taxa de natalidade chegando ao mais baixo nível desde 1999 ao mesmo tempo em que a mortalidade tem aumentado com a guerra em curso contra a Ucrânia e diversas pessoas fogem do país para evitar o recrutamento. Autoridades do país classificam o cenário como “catastrófico”.
O presidente russo, Vladimir Putin, afirmou que a melhoria na taxa de natalidade é uma de suas prioridades no governo e que 2024 é “o ano da família” no país. As medidas contra o movimento “child free” têm gerado críticas de ativistas dos direitos das mulheres.
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