O Ministério da Defesa da Rússia afirmou, neste sábado (19), que realizou um ataque contra a Ucrânia utilizando mísseis hipersônicos com o objetivo de destruir um local de armazenamento de armas. Essa foi a primeira vez que o país usou os misseis Kinshal, durante o que Moscou chama de “operação militar especial”. O ataque aconteceu na última sexta-feira (18).
A Rússia nunca havia admitido antes o uso de mísseis de alta precisão em combate. Segundo a agência estatal RIA Novosti, foi o primeiro uso das armas hipersônicas Kinzhal durante o conflito na Ucrânia pró-ocidental.
“O sistema de mísseis de aviação Kinzhal com mísseis aerobalísticos hipersônicos destruiu um grande armazém subterrâneo contendo mísseis e munição de aviação na vila de Deliatyn, na região de Ivano-Frankivsk”, disse o Ministério da Defesa russo.
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Saiba mais sobre os mísseis da Rússia
Os mísseis Kinzhal fazem parte de uma série de novas armas que o presidente russo, Vladimir Putin, anunciou em 2018. Trata-se de uma versão modificada do míssil balístico do sistema Iskander adaptada para lançamento a partir de bombardeiros Tu-22M3 e caças MiG-31K.
O projétil é capaz de ultrapassar de forma garantida todos os sistemas de defesa antiaérea e antimísseis existentes, transportando ogivas nucleares e convencionais a distâncias de até dois mil quilómetros. Segundo Putin, trata-se de “uma arma ideal” que voa a 10 vezes a velocidade do som.
Em 2021, dois caças MiG-31K, capazes de carregar mísseis hipersônicos Kinzhal, haviam sido transferidos pela 1ª vez para a base aérea de Hmeymim, na Síria para realização de “missões de treinamento”.
“No âmbito do exercício, foram transferidos dois aviões MiG-31K a partir de aeródromos nacionais para a base aérea russa de Hmeymim na República Árabe da Síria, capazes de usar os mais recentes mísseis hipersônicos do complexo Kinzhal”, informou, na época, a Força Aeroespacial da Rússia.
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