Russos atacam hospital infantil e deixam 3 mortos, diz Ucrânia

Atualizado em 10 de março de 2022 às 8:43
Hospital destruído em Mariupol
Hospital infantil e maternidade destruído em Mariupol/ Foto: Reprodução

De acordo com Sergei Orlov, vice-prefeito da cidade Mariupol, na Ucrânia, um hospital infantil e maternidade foi bombardeado por exércitos russos na última quarta-feira (9). Pelo menos 17 pessoas ficaram feridas, incluindo funcionários e mulheres em trabalho de parto, e uma criança morreu.

“Eu estou absolutamente certo de que eles sabem [que lá funcionava] essa instalação [o hospital], e que estão destruindo essa cidade”, disse Orlov à BBC. Segundo ele, cerca de 300 leitos destinados ao tratamento de pacientes com Covid-19 foram destruídos pelo ataque.

Zelensky, presidente da Ucrânia, classifica o ataque como crime de guerra. “Já está além das atrocidades. Tudo o que os invasores estão fazendo com Mariupol já está além das atrocidades”.

“Hoje, devemos estar unidos na condenação deste crime de guerra da Rússia, que reflete todo o mal que os invasores trouxeram à nossa terra.” Ele diz que o ataque à maternidade é “prova final… de que o genocídio dos ucranianos está ocorrendo”. “Que tipo de país é a Rússia, que tem medo de hospitais e maternidades e os destrói?”, afirmou.

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Russos alegam fake news da Ucrânia

Nesta quinta-feira (10), a Rússia se manifestou contra os ataques. De acordo com o governo russo, as acusações ucranianas sobre o bombardeio são “fake news”, uma vez que, de acordo com ele, o prédio foi tomado por tropas da Ucrânia há muito tempo.

O governo russo afirma que, dia 7 de março, havia recebido a informação de que o hospital foi transformado em um ponto militar por ucranianos, os quais supostamente utilizavam o local para atirar em tropas russas.

Apesar de admitir o ataque contra o prédio, os russos alegam que as tropas da Ucrânia teriam usado civis como escudos humanos. “É assim que nascem as notícias falsas”, disse Dmitry Polyanskiy, primeiro vice-representante permanente da Rússia nas Nações Unidas, no Twitter.

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