Nesta quinta-feira (4), o diretor-geral da Polícia Federal (PF), Andrei Passos, declarou que, a partir de mensagens obtidas durante as investigações dos ataques terroristas ocorridos em 8 de janeiro do ano passado, será possível identificar os responsáveis pelo planejado enforcamento do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
Andrei destacou em entrevista à GloboNews: “A partir dessas mensagens, a gente tem a possibilidade de identificação dos responsáveis”. Questionado sobre quem são os envolvidos, o diretor afirmou: “Saberemos em breve”.
Segundo o chefe da PF, a instituição já tinha conhecimento do plano revelado por Moraes. Ele enfatizou que essas informações são provenientes de trocas de mensagens, prisões e de todo o trabalho em andamento.
A expectativa é que as investigações avancem, possibilitando a identificação e responsabilização dos envolvidos no planejamento do ataque contra o ministro do STF. O desdobramento dessas descobertas será fundamental para o desfecho do caso e para garantir a segurança institucional.
Moraes fala sobre enforcamento
A declaração de que os extremistas bolsonaristas possuíam um plano para enforcá-lo foi dada por Moraes durante entrevista ao Globo. A ação, segundo o ministro, ocorreria em plena Praça dos Três Poderes, em Brasília.
“Eram três planos. O primeiro previa que as Forças Especiais (do Exército) me prenderiam em um domingo e me levariam para Goiânia. No segundo, se livrariam do corpo no meio do caminho para Goiânia. Aí, não seria propriamente uma prisão, mas um homicídio”, disse o ministro.
“E o terceiro, de uns mais exaltados, defendia que, após o golpe, eu deveria ser preso e enforcado na Praça dos Três Poderes. Para sentir o nível de agressividade e ódio dessas pessoas, que não sabem diferenciar a pessoa física da instituição”.
Moraes continuou seu relato afirmando que, de fato, houve uma tentativa de planejamento por parte dos extremistas para tal ação.
“Houve uma tentativa de planejamento. Inclusive, e há outro inquérito que investiga isso, com participação da Abin, que monitorava os meus passos para quando houvesse necessidade de realizar essa prisão. Tirando um exagero ou outro, era algo que eu já esperava. Não poderia esperar de golpistas criminosos que não tivessem pretendendo algo nesse sentido. Mantive a tranquilidade. Tenho muito processo para perder tempo com isso. E nada disso ocorreu, então está tudo bem”, disse.
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