O novo rei do Reino Unido, Charles III, construiu seu próprio império antes mesmo de herdar o da mãe, a rainha Elizabeth II, que morreu na última quinta-feira (8).
Charles passou o último meio século tornando suas propriedades reais extremamente lucrativas, sendo um dos melhores negócios da família real, segundo o New York Times.
Na última década, ele montou uma equipe de administradores profissionais que aumentaram o valor e os lucros de seu portfólio em cerca de 50%. Atualmente, as propriedades incluem o tradicional estádio de críquete The Oval, extensas fazendas no Sul da Inglaterra, casas de aluguel à beira-mar, escritórios em Londres e um depósito de supermercado. Com mais de 526 km², o portfólio tem mais que o dobro do tamanho de Recife e gera milhões de dólares ao ano com aluguéis.
O valor aproximado da fortuna é de US$ 1,4 bilhão, comparado a cerca de US$ 949 milhões do portfólio da rainha. No entanto, ambos são apenas uma parcela da fortuna da família real, de US$ 28 bilhões, sem contar a riqueza particular da família, cujo valor exato é um segredo.
Agora rei, Charles herdará o portfólio de sua mãe e uma parte desconhecida da fortuna pessoal. O controle do Ducado de Cornualha passará para seu filho mais velho, William, que continuará a administrá-lo sem pagar impostos corporativos.
O crescimento da fortuna de Charles coincidiu com um momento de austeridade fiscal no Reino Unido, e o aumento dos níveis de pobreza. A procura por bancos de alimentos quase dobrou. O momento atual da economia britânica também contrasta com as contas do novo chefe de Estado: a variação anual da inflação é a maior em 40 anos, passando de dois dígitos, e a crise não deve melhorar no próximo ano.
Detalhe importante: Charles era e continuará sendo isento de impostos.