Saiba como foi a operação que resgatou as vítimas do helicóptero em Paraibuna (SP)

Atualizado em 13 de janeiro de 2024 às 11:32
Água da PM sobrevoando área onde foi encontrada helicóptero que ficou desaparecido por 12 dias — Foto: Polícia Militar do Estado de São Paulo/Divulgação

Na manhã da última sexta-feira (12), a Polícia Militar (PM) confirmou, por meio de comunicado oficial, a descoberta dos destroços do helicóptero desaparecido desde a véspera do Réveillon em Paraibuna, no interior de São Paulo.

A localização foi comunicada à corporação por radiotransmissor minutos antes do anúncio oficial, revelando a trágica notícia de quatro óbitos, que incluíam o piloto Cassiano Teodoro, de 44 anos, e os passageiros Raphael Torres, 41; Luciana Rodzewics, 45, e Letícia Ayumi, 20.

A confirmação do paradeiro encerrou a angústia dos familiares, proporcionando uma resposta mais definitiva sobre o destino das vítimas. Para a polícia e bombeiros militares, entretanto, a localização dos destroços marcou o início de uma nova operação, envolvendo rapel, abertura de clareiras e um centro de operações improvisado em um hotel, para resgatar os corpos do meio da mata. As ações de resgate continuam neste sábado (13).

Os destroços foram encontrados em uma área densamente arborizada, repleta de eucaliptos, na região de Pinhal, em Paraibuna. O plano inicial da PM era abrir uma clareira para possibilitar o pouso de aeronaves e, posteriormente, retirar as vítimas pelo ar.

A equipe da PM utilizou um guincho elétrico do helicóptero Águia para descer com segurança até o local, utilizando rapel. Contudo, as fortes chuvas na região, a partir do fim da manhã, complicaram o cenário e atrapalharam o plano.

A área não é homologada para sobrevoos, e a missão só pode ser realizada em boas condições climáticas e à luz do dia. Diante das adversidades climáticas, as equipes de resgate passaram a implementar um “plano B”: recuperar os corpos por terra.

Policiais militares e bombeiros passaram a noite em uma área próxima ao local do acidente para preservar o local e preparar a operação de retirada dos corpos do local, que foi realizada na manhã deste sábado (13).

As equipes seguem em uma trilha de cerca de 30 minutos até uma estrada de terra, onde os corpos serão colocados em um carro para transporte até o Instituto Médico Legal (IML) de São José dos Campos.

Destroços com identificação do helicóptero encontrado no dia 12 de janeiro de 2024 pela Força Aérea Brasileira na cidade de Paraibuna, no interior de São Paulo — Foto: Divulgação
Destroços com identificação do helicóptero encontrado no dia 12 de janeiro de 2024 pela Força Aérea Brasileira na cidade de Paraibuna, no interior de São Paulo — Foto: Divulgação

Para coordenar a operação, que também envolve homens da Polícia Civil e do Corpo de Bombeiros, foi montada uma base de apoio improvisada no hotel fazenda Morada dos Deuses, na zona rural de Paraibuna, a cerca de três quilômetros do acidente.

No local, os familiares se reuniram para receber informações sobre os corpos na sexta-feira, após muitos dias de angústia e tristeza. Sidney Souza dos Santos, pai de Luciana e avô de Letícia, expressou sua gratidão pela localização, mesmo diante do trágico desfecho.

“Foram muitos dias de angústia e tristeza. A gente não consegue trabalhar, comer ou dormir”, disse Sidney. “Felizmente, com ou sem vida, a Polícia Militar conseguiu encontrar.”

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