Saiba mais sobre a doença que fez jovem cearense ter o tom de pele alterado

Atualizado em 3 de novembro de 2024 às 7:48
A jovem cearense Sabrina Gomes, que tem tumor e síndrome que fazem mudar cor da pele – Foto: Reprodução

Sabrina Gomes, de 24 anos, natural do Ceará, enfrenta uma batalha contra a Síndrome de Cushing e um raro tumor no tórax chamado timoma, que alterou a cor da sua pele.

O tumor produz o hormônio ACTH, que causa um aumento anormal de cortisol, levando à Síndrome de Cushing. Este hormônio controla o açúcar no sangue e reforça o sistema imunológico, mas em excesso, resulta em graves problemas de saúde.

A médica Ana Rosa Quidute, da Universidade Federal do Ceará, explica que o excesso de ACTH estimulou a produção de melanina no corpo de Sabrina, gerando a hiperpigmentação de sua pele. Esse efeito ocorre porque o ACTH e o MSH, hormônio que escurece a pele, são produzidos de maneira semelhante, confundindo as células responsáveis pela melanina.

Sabrina passou por uma cirurgia para remover as glândulas adrenais em 2022, tentando reduzir os níveis de cortisol. A retirada das glândulas estabilizou o excesso hormonal, mas o tumor continua a crescer, chegando a 17 cm. Devido à sua localização próxima ao coração e outros órgãos vitais, a cirurgia de remoção é arriscada.

A jovem Sabrina Gomes – Foto: Reprodução

Diante das limitações cirúrgicas, a equipe médica propôs um tratamento com o medicamento radioativo lutécio, que ataca diretamente as células do tumor. “Essas células captam o lutécio, que vai até elas e reduz o volume do tumor”, afirma a endocrinologista Ana Rosa, que vê nessa terapia uma esperança para controlar a doença de Sabrina.

Cada dose de lutécio custa em média R$ 32 mil, com o tratamento total chegando a quase R$ 130 mil. Em 2023, Sabrina acionou a Defensoria Pública para obter o medicamento pela Secretaria de Saúde do Ceará (Sesa), conseguindo uma decisão favorável na Justiça em 2024, que ordenou o fornecimento da substância.

No entanto, desde a decisão, Sabrina relata dificuldades para receber o medicamento, aguardando respostas da Sesa. Mesmo com uma nova ordem judicial para agilizar o processo, a jovem ainda não obteve o tratamento. “Vou até a Secretaria com documentos sobre minha situação, mas não resolvem nada”, desabafou.

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