Saiba o que é VPN, proibido por Moraes para acesso ao X

Atualizado em 31 de agosto de 2024 às 11:20
VPN (Virtual Private Network). Foto: reprodução

Após a suspensão do X, antigo Twitter, na última sexta-feira (30), muitos usuários passaram a considerar o uso de VPN (Virtual Private Network) para contornar a restrição e continuar utilizando a plataforma do bilionário Elon Musk.

No entanto, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), ordenou a implementação de bloqueios tecnológicos para impedir o download de VPNs no Brasil. Inicialmente, o magistrado havia proibido o uso de VPN sob a ameaça de uma multa diária de R$ 50 mil, mas essa penalidade foi posteriormente revista.

VPNs são amplamente usados para garantir a privacidade online, criptografando dados e ocultando o endereço IP do usuário.

Alexandre Andrade, especialista em tecnologia, explica que a ferramenta cria uma conexão segura entre o dispositivo e a internet, proporcionando um “túnel” criptografado que protege as informações transmitidas e disfarça o endereço IP verdadeiro com o do servidor VPN.

“O VPN funciona direcionando seu tráfego de internet por meio de um servidor remoto, o que cria um ‘túnel’ criptografado. Isso significa que qualquer dado transmitido é protegido, e o endereço IP que os sites veem não é o seu, mas o do servidor da VPN”, afirma à CNN Brasil. “A ferramenta também é bastante utilizada para acessar conteúdos que podem estar bloqueados em determinadas regiões.”

Moraes proíbe uso de VPN para acessar X sob pena de multa de R$ 50 mil | CNN Brasil
X, a rede social de Elon Musk. Foto: reprodução

Já Victoria Luz, especialista em inteligência artificial para negócios, destaca que muitos profissionais utilizam VPNs para proteger dados sensíveis e acessar sites e ferramentas internacionais. Em resumo, o VPN faz parecer que o usuário está navegando a partir de outro país, ajudando a evitar bloqueios geográficos e restrições de acesso.

“Muitos profissionais precisam utilizar VPN no seu dia a dia, seja para proteger informações sensíveis de clientes ou para acessar ferramentas e sites internacionais”, diz. “Isso não apenas protege sua identidade, mas também adiciona uma camada extra de segurança, especialmente quando você está usando redes Wi-Fi públicas.”