Após a suspensão do X, antigo Twitter, na última sexta-feira (30), muitos usuários passaram a considerar o uso de VPN (Virtual Private Network) para contornar a restrição e continuar utilizando a plataforma do bilionário Elon Musk.
No entanto, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), ordenou a implementação de bloqueios tecnológicos para impedir o download de VPNs no Brasil. Inicialmente, o magistrado havia proibido o uso de VPN sob a ameaça de uma multa diária de R$ 50 mil, mas essa penalidade foi posteriormente revista.
VPNs são amplamente usados para garantir a privacidade online, criptografando dados e ocultando o endereço IP do usuário.
Alexandre Andrade, especialista em tecnologia, explica que a ferramenta cria uma conexão segura entre o dispositivo e a internet, proporcionando um “túnel” criptografado que protege as informações transmitidas e disfarça o endereço IP verdadeiro com o do servidor VPN.
“O VPN funciona direcionando seu tráfego de internet por meio de um servidor remoto, o que cria um ‘túnel’ criptografado. Isso significa que qualquer dado transmitido é protegido, e o endereço IP que os sites veem não é o seu, mas o do servidor da VPN”, afirma à CNN Brasil. “A ferramenta também é bastante utilizada para acessar conteúdos que podem estar bloqueados em determinadas regiões.”
Já Victoria Luz, especialista em inteligência artificial para negócios, destaca que muitos profissionais utilizam VPNs para proteger dados sensíveis e acessar sites e ferramentas internacionais. Em resumo, o VPN faz parecer que o usuário está navegando a partir de outro país, ajudando a evitar bloqueios geográficos e restrições de acesso.
“Muitos profissionais precisam utilizar VPN no seu dia a dia, seja para proteger informações sensíveis de clientes ou para acessar ferramentas e sites internacionais”, diz. “Isso não apenas protege sua identidade, mas também adiciona uma camada extra de segurança, especialmente quando você está usando redes Wi-Fi públicas.”