Jair Bolsonaro (PL) entregou, nesta semana, ao ministro Alexandre de Moraes do Supremo Tribunal Federal (STF), os extratos bancários durante sua presidência. Sua defesa esclareceu que as movimentações incluem saques para fornecedores em espécie e transferências para sua conta nos EUA.
Na petição à Corte, os advogados Daniel Tesser e Paulo Cunha Bueno afirmam que os documentos evitariam usar recursos públicos para investigar os dados bancários. Isso antecipa a quebra de sigilo em investigação sobre joias recebidas em viagens oficiais.
Em maio, suspeitas sobre contas pessoais de Bolsonaro e Michelle Bolsonaro foram refutadas pela defesa. Advogados disseram que a equipe de Ajudância de Ordens sacava R$ 13 mil/mês para pagamentos em espécie a fornecedores pequenos, visando segurança.
Durante o governo, esse procedimento foi usado para proteger contra fraudes bancárias. Diálogos entre Mauro Cid, ajudante de ordens de Bolsonaro, e assessoras de Michelle mencionavam saques para contas pessoais da primeira-dama.
Pagamentos eram feitos diretamente via CNPJ para evitar exposição do beneficiário. Bolsonaro transferiu US$ 135 mil para conta nos EUA, pois desconfiava da condução econômica do governo. A defesa ressaltou que o dinheiro passou pelo Banco Central.
A petição ao STF afirmou que Bolsonaro seguiu princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade e publicidade durante seu mandato.