Em meio ao final do julgamento no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que pode tornar Jair Bolsonaro (PL) inelegível, o núcleo mais próximo do ex-presidente debate com profissionais de campanha quais nomes poderiam ter o apoio do ex-chefe do Executivo na eleição de 2026, concorrendo contra Lula (PT). As informações são da coluna de Mônica Bergamo, na Folha de S.Paulo.
O grupo trabalha com quatro nomes para pré-candidatos: o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), o governador do Paraná, Ratinho Jr. (PSD-PR), o governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo-MG), e, correndo por fora, a senadora Tereza Cristina (PP-MS).
Tarcísio aparece como favorito, por estar no comando do estado mais populoso e rico do Brasil. No entanto, ainda precisa combater desconfianças de parte do núcleo duro do bolsonarismo, que acredita que ele tem agenda própria e não é fiel o suficiente ao ex-mandatário.
A análise feita internamente aponta que as eleições municipais vão definir quem tem mais chance de ser o candidato da direita contra o PT.
Em São Paulo, Tarcísio e os bolsonaristas devem apoiar a reeleição do prefeito Ricardo Nunes (MDB-SP).
Caso o atual prefeito seja derrotado por Guilherme Boulos (PSOL-SP), que terá o apoio de Lula, a candidatura do governador de São Paulo à presidência seria impossibilitada, pois outros candidatos, caso vitoriosos em seus estados, ganhariam maior fôlego.
Bolsonaro evitou declarar apoio a um sucessor político enquanto não há o placar final de seu julgamento no TSE. Questionado nesta semana sobre a possibilidade de lançar sua mulher, Michelle Bolsonaro, à presidência, ele disse que ela poderia concorrer, mas que faltaria “experiência” para exercer o cargo.
Em relação a Tarcísio, Bolsonaro desconversou afirmou que “teria que conversar com ele”. E disse que ainda tem “uma bala de prata” para as eleições de 2026.