A Polícia Federal (PF) planeja concluir o inquérito sobre a trama golpista em agosto. Inicialmente previsto para julho, o prazo foi adiado devido a novas descobertas relacionadas à chamada “Abin paralela”. O inquérito sobre fake news, que tramita há mais de cinco anos no Supremo Tribunal Federal (STF), deve ser encerrado até o fim de 2024.
O ministro do STF Alexandre de Moraes, relator dos três casos, autorizou recentemente o compartilhamento de provas do inquérito sobre espionagem ilegal com os inquéritos da trama golpista e das fake news. Segundo a PF, há uma conexão central entre as três investigações: o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) teria usado a máquina do Estado, da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) à Receita Federal, para obter “vantagens indevidas de ordem política e econômica”.
Em relação a “Abin paralela”, foram encontradas conversas entre dois servidores cedidos à agência sobre uma eventual intervenção das Forças Armadas após o segundo turno das eleições de 2022 – a PF afirma que esses diálogos corroboram a “premissa investigativa fazendo referência à possibilidade de invocação do art. 142 como referência ao golpe de Estado”.
“Dizem que ele [Bolsonaro] vai amanhã… de repente invoca de lá”, comentou um policial federal que atuou na Abin. Para a PF, essas falas sobre o “rompimento democrático” são “relevantes” e indicam “no mínimo potencial conhecimento do planejamento das ações que culminaram na construção da minuta do decreto de intervenção”.
Em outra conversa, os servidores se queixam da falta de ação de Bolsonaro após a derrota para Lula. “O nosso PR imbrochável já assinou a porra do decreto?”, pergunta um deles. O outro responde: “Assinou nada. Tá foda essa espera, se é que vai ter alguma coisa”.
Vale ressaltar que esses diálogos serão incluídos no inquérito que investiga se o ex-mandatário planejou intervir no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) – uma minuta do golpe teria sido apresentada aos chefes das Forças Armadas em reuniões nos Palácios do Planalto e da Alvorada no final de 2022, mas os comandantes do Exército e da Aeronáutica se recusaram a executar o plano.
Chegamos ao Blue Sky, clique neste link
Siga nossa nova conta no X, clique neste link
Participe de nosso grupo no WhatsApp, clicando neste link
Entre em nosso canal no Telegram, clique neste link