Saiba quem são os chefes da Família Braga, maior milícia do RJ

Atualizado em 26 de outubro de 2023 às 14:07
O miliciano Zinho e seu sobrinho, Matheus da Silva Rezende, o ‘Faustão’. Foto: Reprodução

A Família Braga é o clã que controla a maior milícia do Rio de Janeiro há mais de uma década. Os irmãos Wellington da Silva Braga (o Ecko), Carlos da Silva Braga (CL ou Carlinhos Três Pontes) e Luís Antônio da Silva Braga (Zinho) são os responsáveis pelo grupo e se sucederam no comando nos últimos.

Segundo a Polícia Civil do estado, das 833 áreas listadas como influenciadas pela milícia, 812 sofrem influência da Família Braga. A milícia usa estética mafiosa e usam como referência em suas artes o filme Scarface (1983), filme de Brian de Palma.

Em arte divulgada nas redes sociais por um suposto membro do grupo, uma imagem mostra Ecko, CL e Zinho em uma escada similar à icônica cena do filme. Segundo o delegado Alexandre Herdy, também foram encontrados vários quadros do Poderoso Chefão em uma sala de reunião dos milicianos.

“Em uma operação na favela do Aço, zona oeste, encontramos vários quadros do Poderoso Chefão na sala de reunião que ele utilizava. Era como ele [Ecko] queria ser visto, como um capo do crime”, relatou.

CL uniu o tráfico e a milícia em 2010, segundo o Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ). Ele era conhecido por usar cordões de ouro e fumar charutos cubanos. Ele foi morto em 2017, durante uma ação da polícia, e seu irmão, Ecko, assumiu o comando do grupo.

Arte da Família Braga divulgada por miliciano nas redes. Foto: Reprodução

O então comandante do grupo foi morto em 2021 enquanto visitava a namorada. Ecko costumava utilizar farda da Polícia Militar, mesmo sem nunca ter participado da corporação.

Zinho, que até então era o responsável pela lavagem do dinheiro obtido com extorsões, assumiu a chefia do grupo após a morte de Ecko. Atualmente, é o líder miliciano mais procurado e é atribuída a ele a ordem de incendiar 35 ônibus na última segunda (23) após a morte do sobrinho, Matheus Rezende, o Faustão.

O atual líder da milícia já foi preso por porte ilegal de arma e associação criminosa, mas solto. Zinho também foi detido em outra ocasião e liberado novamente após pagamento de R$ 20 mil de propina. O MP estima que ele arrecade entre R$ 5 milhões e R$ 10 milhões por mês com a quadrilha.

Zinho estaria preparando o sobrinho Faustão para assumir o comando da milícia. A família conta com um quarto irmão, o Batata, preso em 2021 por organização criminosa e, segundo a polícia, por ameaças em nome da milícia no momento da prisão.

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