Giovanni Quintella Bezerra, anestesista que estuprou paciente dopada, foi preso em flagrante na madrugada desta segunda (11). Ele é acusado do crime de estupro de vulnerável e foi para a prisão após funcionários da unidade de saúde em que trabalhava o filmarem colocando o pênis na boca de paciente durante cirurgia.

Desconfiadas da postura do anestesista, enfermeiras decidiram registrar a cirurgia com um aparelho celular.

Saiba tudo sobre o caso:

A prisão do anestesista

Giovanni foi preso em flagrante e demonstrou surpresa ao receber voz de prisão da delegada Bárbara Lomba, da Delegacia de Atendimento à Mulher de São João do Meriti. O anestesista foi indiciado por estupro de vulnerável, crime cuja pena varia de 8 a 15 anos de reclusão.

Giovanni não é servidor do estado

Segundo a Secretaria de Estado de Saúde do Rio de Janeiro, ele não é servidor do estado e só prestava serviço há seis meses. Em nota, a pasta disse que ele atuava como pessoa jurídica para hospitais estaduais.

“Ele tem título de especialista em anestesiologia, CRM regular e prestava serviço há seis meses como pessoa jurídica para os hospitais estaduais da Mãe, da Mulher e Getúlio Vargas. As unidades estão em contato com a Polícia Civil para colaborar com as investigações”, disse a secretaria.

Formado em 2017 pelo Centro Universitário de Volta Redonda, ele já passou por cerca de 10 hospitais, públicos e privados. O médico terminou sua especialização em anestesia em abril deste ano.

Médico é alvo de processos de instituições de saúde

O Hospital Estadual da Mulher Heloneida Studart (HMulher), onde Giovanni atuava, abriu sindicância interna para tomar medidas administrativas. Foi a instituição que denunciou o crime à Polícia Civil, que foi até o local e o prendeu.

O Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio de Janeiro (Cremerj) abriu procedimento cautelar para suspender o anestesista. “Também foi instaurado processo ético-profissional que poderá resultar na cassação do médico”, afirmou a entidade em nota.

As redes sociais

Antes da cirurgia, Giovanni publicou uma imagem com uma frase zombando de estupro. “Camarão que dorme, rende mais no plantão” (sic), escreveu ele. Veja a publicação:

Mesmo após a prisão, ele ganhou um número significativo de seguidores no Instagram. Na rede social, que ele usa para compartilhar sua rotina de trabalho, ele já soma mais de 23 mil seguidores.

Após prisão, segunda mulher denunciou o médico

Uma segunda mulher se apresentou na Delegacia de Atendimento à Mulher de São João Meriti, na Baixada Fluminense, para testemunhar contra ele. Familiares de uma jovem de 23 anos disseram à polícia que ela também foi vítima do anestesista durante cesárea feita no mesmo hospital no dia 6 de julho.

A mãe da mulher que denuncia Giovanni diz que a filha saiu totalmente dopada do procedimento e acordou somente no dia seguinte durante a noite. Relata ainda que a jovem acordou com uma substância branca no pescoço.

Participe de nosso grupo no WhatsApp clicando neste link