São Paulo registra o pior ar do mundo pelo 2° dia seguido

Atualizado em 10 de setembro de 2024 às 14:11
Céu de São Paulo coberto por poluição. Foto: reprodução

Nesta terça-feira (10), a cidade de São Paulo registrou novamente a pior qualidade do ar entre 120 grandes cidades monitoradas pelo site suíço IQAir, especializado em tecnologia da qualidade do ar. Com um índice de 158, a capital paulista superou Kinshasa, na República Democrática do Congo (140), e Dubai, nos Emirados Árabes (135), que completam a lista das cidades com ar mais poluído. O ranking também inclui Delhi, na Índia (112), e Jerusalém, em Israel (104).

Na última segunda-feira (9), o índice da capital paulista foi de 160. De acordo com o IQAair, de 0-50, a avaliação é boa; de 51-100, moderada; de 101-150, insalubre para grupos sensíveis; de 151-200, insalubre; de 201-300, muito insalubre; e de 301 até 500, perigoso.

Segundo a Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb), a qualidade do ar na região metropolitana de São Paulo foi classificada como “muito ruim”, um nível que está apenas um abaixo do pior grau na escala de poluentes, que vai de “boa” a “péssima”.

O órgão ambiental explicou que a situação é causada pela suspensão de material particulado no ar, um problema agravado pelas condições meteorológicas desfavoráveis, como a estiagem e os ventos fracos. “Essas condições impedem a dispersão dos poluentes, intensificando o problema”, informou a Cetesb.

A poluição tem gerado consequências diretas à saúde da população, especialmente para aqueles em grupos de risco, como crianças, idosos e pessoas com doenças respiratórias e cardíacas.

Poluição visível em São Paulo. Foto: reprodução

“Pessoas com essas condições podem sofrer um agravamento dos sintomas, como tosse seca, cansaço, ardor nos olhos, nariz e garganta, além de dificuldades respiratórias”, alerta o órgão. Mesmo a população em geral pode ser afetada, com orientações de que se evite esforço físico ao ar livre enquanto a situação não melhora.

Além da qualidade do ar, São Paulo também enfrenta uma onda de calor atípica para o inverno, com temperaturas que devem oscilar entre 33°C e 34°C até a sexta-feira (13), de acordo com o Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia).

Segundo o CGE (Centro de Gerenciamento de Emergências), a previsão é de que o tempo seco persista até domingo (15), quando há a possibilidade de chuvas irregulares e isoladas devido à chegada de uma frente fria no litoral paulista. “Esse sistema deve trazer alívio do calor e dos baixos índices de umidade do ar registrados nos últimos dias”, informou o CGE. A última chuva na cidade foi registrada nos dias 24 e 25 de agosto.

Enquanto isso, os paulistanos enfrentam uma combinação de poluição e calor que afeta a qualidade de vida. “A situação atual exige atenção especial, principalmente para os mais vulneráveis”, ressalta a Cetesb, que continua monitorando a evolução dos índices de qualidade do ar nos próximos dias.

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