São Paulo vai continuar às escuras por tempo indeterminado, diz Enel

Atualizado em 13 de outubro de 2024 às 22:46
Guilherme Lencastre, presidente da Enel, em entrevista coletiva neste domingo. Foto: reprodução

Mais de 48 horas após o temporal que atingiu São Paulo na última sexta-feira (11), o presidente da Enel, empresa privada de distribuição de energia, Guilherme Lencastre, afirmou que não pode dar previsão aos moradores da capital que ainda estão sem luz. Em entrevista coletiva neste domingo (12), ele também estabeleceu prioridades, como “clientes vitais e de serviços essenciais”.

No sábado, 12, a companhia informou que o retorno da energia estava programado para a madrugada desta segunda, 14, no mais tardar em torno do meio-dia, mas a conversa mudou.

“Eu não consigo dar previsão de qual o dia ou quanto tempo [até o reestabelecimento total da energia]. A gente vai atuar para que isso aconteça da forma mais rápida possível. Nosso foco é no cliente, as nossas priorizações são os clientes vitais, clientes de serviços essenciais, por exemplo, para não ter falta de água”, explicou.

Lencastre também afirmou que a Enel presta ajuda para hospitais, incluindo a facilidade posta por “alguns que têm seus próprios geradores”. “A operação hoje tem uma dimensão e complexidade com as novas equipes entrando, então é muito difícil a gente dar essa previsão. Eu sei que todos os clientes pedem isso, mas a gente não pode dar uma previsão neste momento”, disse à imprensa.

 

Publicado por @globonews
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A empresa informou na tarde deste domingo (13) que o temporal afetou inicialmente 2,1 milhões de consumidores, dos quais 1,3 milhão já tiveram o serviço normalizado, e responde a diferentes clientes que a normalização pode acontecer entre segunda-feira (14) e quarta-feira (16), dependendo da localização na região metropolitana.

Na capital, cerca de 496 mil residências permanecem sem energia, com os bairros mais impactados sendo Jabaquara, Campo Limpo, Pedreira e Jardim São Luís. Entre os municípios mais atingidos, Cotia, São Bernardo do Campo e Taboão da Serra também somam milhares de clientes sem luz.

O diretor-geral da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Sandoval Feitosa, declarou que a concessionária colocou menos funcionários nas ruas do que o necessário, o que agravou a demora na recuperação do serviço.

“A percepção que temos é que a Enel não atendeu às expectativas em comparação com o ano passado”, afirmou Feitosa em coletiva de imprensa.

No total, 1,7 mil funcionários, entre diretos e indiretos, estão trabalhando para restabelecer a energia na capital e região. No entanto, o plano de contingência aprovado no ano anterior previa a mobilização de 2,5 mil pessoas em casos de eventos da magnitude da tempestade que atingiu São Paulo na sexta-feira (11), com ventos de mais de 107,6 km/h.

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