Willian Gomes de Siqueira, o Willian Bigode, o jogador que induziu o colega Gustavo Scarpa a aplicar mais de R$ 6 milhões numa pirâmide financeira, é terrivelmente religioso.
O jogador do Fluminense disse em conversas com Scarpa, por mensagem de voz, que era preciso rezar muito e entregar tudo a Deus, para que o ex-jogador do Palmeiras recuperasse o dinheiro perdido para a pilantragem da qual ele, Bigode, fazia parte.
Outros jogadores foram logrados pelo esquema que prometia ganhos de 5% ao mês. Mas o dinheiro aplicado sumiu.
“Scarpinha, agora é orar, fazer o que eu sei”, disse Bigode ao amigo. Mesmo que Bigode comemore seus gols apontando para o céu (foto), de onde Deus comanda suas jogadas, não deu certo.
O empresário bolsonarista Gabriel de Souza Nascimento, comparsa de Willian e um dos donos da empresa Xland Holding Ltda, também é religioso e participou de atos pelo golpe com a camiseta de Seleção.
O cara aplica golpes financeiros e pede o golpe militar. Está solto, e os manés estão presos na Papuda.
Não tem erro. Em 99% dos casos de golpes, escravismo, agressões com ou sem armas, ódios e desmandos variados o cara é um religioso fervoroso e bolsonarista.
Claro que nem todo religioso é pilantra, de jeito nenhum. Mas quase todo pilantra tem Deus acima de tudo. Eles metem Deus em pirâmides e exorcismos.
O surpreendente é que Scarpa é considerado um jogador raro, com capacidade de reflexão e de discernimento muito acima da média. Como caiu no golpe agenciado por Bigode, que pode ser tão pilantra e tão religioso quanto os Bolsonaros?
Agora, por acaso, Bolsonaro chamou Michelle a Orlando, onde devem se encontrar essa semana.
O acampado no condomínio do amigo quer saber como Deus pode ajudá-los sem que ele tenha que voltar ao Brasil.
Deus decide quem vai acertar o pênalti, pode decidir como o cara vai resgatar o dinheiro do golpe e talvez ajude o casal a se livrar do rolo das joias sem nota.
O fascismo tem fé. Deus entra em cada confusão das arábias.
Publicado em Blog do Moisés Mendes