O relator da CPI da Covid, Renan Calheiros (MDB-AL) teceu algumas considerações sobre o depoimento do ex-ministro Luiz Henrique Mandetta (DEM-MS), ocorrido nessa terça-feira:
“O depoimento mostrou que houve aconselhamento paralelo na COVID, adoção da cloroquina ao arrepio do Ministério, participação de Carlos Bolsonaro em reuniões (pq?), alerta sobre os 180 mil mortos.
Bolsonaro divergiu das orientações científicas, no isolamento e na cloroquina.
Foi um depoimento importante na minha opinião para clarear exatamente o que ocorreu naquele momento inicial da pandemia.
Quanto ao ex-ministro Pazuello fico até contente que mais um integrante do governo fique preocupado com isolamento, distanciamento, ao contrário de comportamentos recentes.
A CPI tem gerado uma mudança elogiável no comportamento, na condução de vacinas, na negociação de insumos e até mesmo no abandono do negacionismo.
Outra informação relevante foi trazida pelo senador Alessandro Vieira quanto a eventuais inobservâncias nos procedimentos de compras de medicamentos, que não passarão pela análise do Conitec.
Mais um dado a se destacar é a afirmativa de que havia a consciência de que estava se fazendo uma indução de uso de medicamentosa mesmo sem evidência científica.
Na reposta ao senador Otto Alencar o ex- ministro ainda indicou outra testemunha, além do presidente da Anvisa, sobre as articulações para fraudar uma bula de remédio para uma conveniência. O ministro Jorge Ramos.
Mandetta disse ainda que havia a consciência de integrantes do governo de que estavam fazendo a indução de uso de medicamentos que não tinham evidência científica.
Sobre Paulo Guedes, Mandetta afirmou que ele era antagônico. Ao ministério da Saúde, a ciência e ele.
Se o governo tivesse comprado as vacinas a tempo, não só a da Pfizer, mas qualquer outra, não teria havido a segunda onda