A diversidade sexual e de gênero está excluída oficialmente do Estado no modelo definido pelo governo Bolsonaro.
A MP 870/2019, sobre a organização dos ministérios, chancela a discriminação do ilegítimo Michel Temer e bane qualquer referência a LGBTTs.
Não há menção nem mesmo nas atribuições do ministério dos direitos humanos, encarregado de atender grupos marginalizados pela sociedade.
Existe espaço para idoso, criança, mulher, deficiente – mas gay, trans, lésbica e outras identidades de gênero foram suprimidos.
Não se encaixam na definição bolsonariana retrógrada de família e devem se contentar, pela MP, ao enquadramento de “minorias sociais”.
A falta de representatividade rebaixa oficialmente os LGBTT à condição de subcidadãos e dá licença ao Estado para abandonar parte da população já afetada pelo preconceito.
O desamparo institucional é carta branca para a discriminação – afinal, se o Estado não protege, o que esperar da sociedade?
A lógica aplicada ao Brasil soa genocida.
O país é campeão de crimes provocados por LGBTfobia – recentemente, um cabeleireiro foi assassinado na principal avenida do estado mais importante do país por ser homossexual.
A Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais e Pessoas Intersexo (ABGLTI) interpretou a medida como “nítida exclusão da população LGBTI”.
“Não há interesse em promoção da cidadania LGBTI, não haverá orçamento especifico sem área de gestão para conduzi-lo! Não há de se ter acordo com quem nos defenestra da política pública!”, diz a entidade, em nota no Facebook. (https://www.facebook.com/
Se você é gay e votou em Bolsonaro, saiba: convalidou a perseguição e o preconceito contra gays, lésbicas, travestis, bissexuais, transgêneros.
Se você tem amigos ou familiares LGBTT, pode dizer a eles o quanto não os considera seres humanos dignos de serem protegidos pelo Estado.