Na CPI da Covid, Fabio Wajngarten, ex-chefe da Secom, afirmou que a secretaria fez diversas campanhas publicitárias durante a pandemia, mas esqueceu de citar uma veiculada em 21 de março do ano passado.
A publicação dizia que “a hidroxicloroquina é o tratamento mais eficaz contra o coronavírus” e chamava o remédio de “esperança” contra a doença.
O post foi apagado, mas prints seguem disponíveis.
A fonte da informação é um questionário feito por e-mail, que não tem peso de evidência científica.
Wajngarten alegou que não houve interferência de Bolsonaro na Secom.
Ou seja, se ele tinha autonomia, é responsável por propagandear drogas sem eficácia comprovada contra a covid-19.
Mesmo assim, ele disse na CPI que usou critérios científicos nas campanhas da Secom durante a pandemia.
Outra publicação, que ainda está disponível no Twitter da secretaria, anuncia que o Ministério da Saúde determinou “novas orientações para o uso da cloroquina ou da hidroxicloroquina no tratamento precoce de pacientes diagnosticados com Covid-19”.
O @minsaude divulgou novas orientações para o uso da cloroquina ou da hidroxicloroquina no tratamento precoce de pacientes diagnosticados com Covid-19. Agora, crianças, gestantes e adolescentes que fazem parte dos grupos de risco também podem ser tratadas com os medicamentos. pic.twitter.com/ON7EYQ40Fg
— SecomVc (@secomvc) June 19, 2020
Vale ressaltar que a orientação para prescrição do medicamento segue a critério do médico, sendo necessária a vontade declarada do paciente.#NinguémFicaPraTrás
Fonte: Ministério da Saúde— SecomVc (@secomvc) June 19, 2020