Sede da Enel no Chile foi incendiada pela população revoltada

Atualizado em 14 de outubro de 2024 às 13:10
Edifício da Enel, em Santiago, no Chile, é incendiado em 2019 por cidadãos em protesto contra a baixa qualidade do serviço fornecido pela companhia à população – Foto: Reprodução

A empresa italiana Enel adotou uma estratégia global voltada para a redução de custos, diminuição do quadro de funcionários e cortes nos investimentos, priorizando o pagamento de dividendos a acionistas estrangeiros.

Essa política tem gerado críticas, principalmente no que se refere à qualidade do serviço. O foco em dividendos, em vez de reinvestir na melhoria da infraestrutura, pode estar comprometendo a confiabilidade no fornecimento de energia.

Até a manhã desta segunda-feira (14), a Enel informou que 537 mil imóveis na Grande São Paulo permaneciam sem energia elétrica, sendo a capital a mais atingida, com 354 mil residências afetadas. Cidades como Taboão da Serra, Cotia e São Bernardo do Campo também figuram entre as mais impactadas.

O balanço consolidado de 2023 da Enel apontou 15.721 funcionários, representando uma queda expressiva em relação aos quase 27 mil registrados em 2020.


Em 2019, o Chile vivenciava uma onda de mobilizações contra políticas neoliberais, culminando em um aumento de 15% nas tarifas de energia, o que levou manifestantes a incendiarem a sede da Enel em Santiago.

A revolta chilena tinha um caráter insurrecional, com a população cansada da exploração e da inação. O edifício-sede da Enel foi incendiado pelos manifestantes, numa cena tirada de “Inferno na Torre”.

Um comunicado da Enel dizia que “um grupo de desconhecidos atacou as dependências do edifício corporativo, especificamente a escada de emergência”. A nota informava ainda que os funcionários que trabalhavam no local foram evacuados e que não havia feridos.

Em São Paulo, os prédios da Enel continuam intactos e os carros da companhia parados nos estacionamentos, enquanto os paulistanos mergulham no escuro com a omissão da Aneel, cuja diretoria foi nomeada por Bolsonaro, mais a dupla Tarcísio e Nunes.

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