A Polícia Federal (PF) descobriu que um segurança presidencial de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) estava em um grupo de WhatsApp com militares da ativa que defendiam um golpe de Estado. A informação foi divulgada pelo Blog da Andréia Sadi, do G1.
O tenente-coronel André Luis Cruz Correira estava no grupo que, entre outros, tinha Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), como membro. A apreensão do celular de Cid levou a PF a encontrar a informação.
Após a descoberta, a PF informou o Palácio do Planalto, que mandou demitir o militar. Correia é subordinado ao Gabinete de Segurança Institucional (GSI) e, segundo integrantes do governo, atuava na segurança direta de Lula.
De acordo com investigadores, Correia teria pedido ajuda a Cid para conseguir uma realocação da Bahia para Brasília, o que, de fato, aconteceu. Integrantes do GSI, no entanto, afirmam que não foi um pedido de ajuda, e sim uma consulta sobre vagas disponíveis na capital federal.
Vale destacar que Correia só foi designado para a segurança do presidente petista no final de março. O tenente-coronel chegou, inclusive, a participar de viagens recentes com o chefe do Executivo, como a da Bélgica.
O ministro do GSI, general Marcos Antonio Amaro dos Santos, confirmou a saída de Correia da segurança presidencial e disse que se trata de uma exoneração, não uma demissão. Ele ainda afirmou desconhecer a existência de um relatório da PF que indique que o militar estava em grupo golpista.
Amaro também disse que Cid não tinha como ajudar Correia a entrar no GSI, já que, “de acordo com os critérios de seleção, é o comando do Exército” que define isso. Ele ainda contou que o GSI planeja uma reestruturação no órgão que deve ser publicada já na próxima semana.