A Secretaria de Polícia do Senado Federal já sabe quem autorizou a entrada dos dois suspeitos de terrorismo nas dependências da Casa, mas decidiu na manhã desta terça-feira (27) não revelar a informação. Com informações da coluna de Mônica Bergamo da Folha de S.Paulo.
A decisão de tratar a ocorrência como sigilosa é para não ‘invadir a privacidade’ do gabinete parlamentar que permitiu o acesso dos apoiadores de Jair Bolsonaro (PL) ao parlamento.
No dia 30 de novembro, o empresário Washington de Oliveira Souza, preso no último sábado (24) por planejar explodir um caminhão-tanque próximo ao Aeroporto Internacional de Brasília, e Alan Diego dos Santos, indicado como seu cúmplice, foram à 32ª reunião extraordinária da Comissão de Transparências, Fiscalização e Controle.
Na reunião foi discutido argumentações da campanha de Bolsonaro de que o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) teria sido beneficiado em inserções de rádio durante o pleito. O Supremo Tribunal Federal também foi alvo de críticas.
Os manifestantes golpistas estavam na plateia e viram o debate no mesmo plenário em que estavam parlamentares bolsonaristas como Bia Kicis (PL-DF) e Carla Zambelli (PL-SP).
O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) enviou ofício para o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), questionando quem autorizou o “acesso dos terroristas às dependências do Senado”.
entre as informações, questionamos: – Os dois estiveram presentes em algum gabinete parlamentar antes ou depois da audiência?
– Eles entraram no Senado em alguma outra data? Quem autorizou o acesso e onde estiveram fisicamente?
O parlamento precisa dar respostas URGENTES!
— Randolfe Rodrigues (@randolfeap) December 27, 2022