Nesta quinta-feira (14), completam-se seis anos do assassinato da vereadora Marielle Franco (Psol) e de seu motorista, Anderson Gomes, no Rio de Janeiro. Apesar de quatro suspeitos estarem atualmente sob custódia, o caso permanece sem respostas sobre os mandantes e a motivação por trás do crime. Além disso, ao longo das investigações, uma série de mortes de suspeitos chamou a atenção das autoridades e do público.
Marielle, acompanhada de sua assessora Fernanda Chaves e de Anderson, foi alvejada por tiros em seu veículo no bairro do Estácio, zona norte do Rio de Janeiro. Fernanda foi a única sobrevivente do atentado.
No ano seguinte, antes do primeiro aniversário do assassinato, a Polícia Civil e o Ministério Público do estado (MPRJ) conseguiram prender dois suspeitos: Ronnie Lessa, policial reformado, e Élcio de Queiroz, ex-policial militar, apontados como executor e motorista do veículo utilizado no crime, respectivamente. Posteriormente, com a delação premiada de Élcio, Maxwell Simões Corrêa, conhecido como Suel, também foi detido.
Contudo, ao longo das investigações, o caso se deparou com uma série de reviravoltas marcadas por mortes suspeitas. Cinco suspeitos, diretamente ou indiretamente ligados ao caso, foram mortos em circunstâncias que levantaram questionamentos sobre os rumos das investigações.
Entre os suspeitos mortos, destacam-se:
Edmilson da Silva de Oliveira (Macalé): Ex-sargento da Polícia Militar, morto a tiros em 6 de novembro de 2021, em Bangu, Zona Oeste do Rio de Janeiro. Macalé foi apontado por Élcio de Queiroz em sua delação como intermediário na contratação de Ronnie Lessa para o assassinato de Marielle.
Adriano Magalhães da Nóbrega (Capitão Adriano): Ex-capitão do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope), Adriano foi encontrado e morto durante uma operação policial na Bahia em fevereiro de 2020. Ele era suspeito de ter conexões com milícias e grupos criminosos.
Luiz Carlos Felipe Martins (Orelha): Segundo-sargento da PM, Orelha foi morto a tiros em março de 2021, em Realengo, Zona Oeste do Rio. Ele era considerado o braço direito de Adriano da Nóbrega e foi alvo de execução após ser identificado como o gestor do espólio do ex-capitão.
Hélio de Paulo Ferreira (Senhor das Armas): Conhecido como Senhor das Armas, Hélio foi assassinado em fevereiro de 2023, no bairro do Anil, Zona Oeste do Rio. Embora não estivesse diretamente envolvido no assassinato de Marielle, sua morte levantou suspeitas devido ao seu histórico criminal.
Lucas do Prado Nascimento da Silva (Todynho): Todynho foi vítima de uma emboscada em 2019, na Avenida Brasil, em Bangu. Ele era suspeito de participar da clonagem do veículo utilizado na execução de Marielle e Anderson e teria envolvimento com o crime organizado.
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