A pesquisa DataPoder360, divulgada nesta terça, dia 5, não traz apenas a consumação da tragédia nacional da liderança de Bolsonaro sem Lula na disputa.
Ciro Gomes aparece em segundo, com 11% e 12% nos três cenários, o coroamento de uma campanha intensa de mais de um ano.
Marina Silva patina com Alckmin com 6% e 7%.
João Doria, que almeja o posto do ex-mentor na corrida, micou com os mesmos 6%, tirando a esperança do PSDB de ter um candidato competitivo (donde a tentativa de FHC de emplacar uma aliança com Marina).
Mas a grande novidade é Fernando Haddad.
Discreto, negando que seja o plano B de Lula, ele surge empatado com Marina e Alckmin e encostado em Ciro.
Isso sem que Lula tenha indicado um substituto e sem que grande parte dos brasileiros tenha ideia de quem ele seja.
É o nome menos conhecido da lista e foi escolhido pelo instituto pesquisador com base num “teste”.
Na inércia, Haddad consegue praticamente o mesmo que Ciro, sendo que o pedetista vem batalhando há muito mais tempo.
A ideia de uma chapa Ciro-Haddad é, ao que tudo indica, uma quimera.
Ciro tem razão quando chama o PT de “hegemonista”.
Se tiver a bênção lulista, Haddad pode deixar Ciro Gomes na incômoda posição de ser cobrado pelo apoio ao ex-prefeito de São Paulo como alternativa contra a barbárie.
Talvez seja o caso de Jair se acostumando.