De acordo com uma reportagem da Folha de S. Paulo, os Estados Unidos enxergam o Brasil como uma possível rota para que a China se aproprie de supostos “segredos industriais”. Os dois países competem em áreas como aviação e inteligência artificial e os estadunidenses temem que os orientais se tornem a principal economia do mundo em um futuro próximo.
A avaliação de que o Brasil pode “servir de espião” seria de membros do governo americano. O país tem operações de muitas empresas dos EUA que usam tecnologias de ponta, e também de companhias da China. Um representante do governo americano disse à Folha, sob condição de anonimato, considerar que o Brasil possui regras para prevenir o problema, mas as medidas não são aplicadas na prática.
O Brasil é membro do acordo Trips, de 1995, assinado no âmbito da Organização Mundial do Comércio (OMC), que prevê formas de proteger direitos autorais, como desenhos industriais, patentes e informações sensíveis das empresas. Outro ponto levantado pelo representante é que as leis que punem o roubo de segredos comerciais no Brasil são consideradas brandas: a pena para o crime é de até um ano de prisão.