Publicado originalmente no blog do autor
POR MARCELO AULER
Ao simplesmente noticiar, sem questionar – ou, ao menos, pensar no que está divulgando -, a informação de que a Polícia Federal instaurou inquérito para investigar o porteiro do Condomínio Vivendas da Barra pelo suposto crime de calúnia e por um possível atentado à Lei de Segurança Nacional, a chamada grande mídia simplesmente endossou – sem qualquer questionamento, repita-se – o terrorismo montado pelo governo contra um pobre coitado.
A prevalecer a tese de que o porteiro cometeu crime, teremos criado no Código Penal Brasileiro – com a ajuda da grande imprensa – uma nova figura, bastante exótica, por sinal: o crime de premonição.
Toda a fúria do governo, materializada no ofício do hoje ministro da Justiça, Sérgio Moro e, pelo jeito, endossada pelo Procurador-Geral da República, Augusto Aras, além de membros do Ministério Público Federal do Rio, volta-se contra o depoimento que o porteiro – ainda anônimo – deu na polícia, nos dias 7 e 9 de outubro.
Nas duas oportunidades, o funcionário do Vivendas da Barra apenas explicou o que registrou na ficha de controle de acesso dos visitantes ao condomínio, no dia 14 de março de 2018.
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