O Senado rejeitou nesta quarta-feira (25) a indicação de Igor Roque para o comando da Defensoria Pública da União (DPU).
Indicado em maio pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para o cargo de defensor público-geral federal, Roque recebeu 35 votos favoráveis, 38 contrários e uma abstenção. Eram necessários pelo menos 41 votos para que a indicação fosse aprovada.
Em julho, Roque foi sabatinado e aprovado pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado. Desde então, a votação no plenário da Casa vinha sendo adiada.
O nome do indicado, no entanto, passou a ser criticado pela oposição após um seminário realizado pela Defensoria em setembro sobre o aborto. Agora, a nomeação será arquivada e o governo terá que indicar outro nome.
Durante a votação, o senador Fabiano Contarato (PT-ES) defendeu a aprovação da nomeação.
“Nós temos que entender que as instituições são de Estado. O princípio é da impessoalidade. Estes são os princípios que regem a administração pública: a legalidade, a impessoalidade, a moralidade, a publicidade e a eficiência. Nós não podemos incorrer no equívoco de vetar ou inviabilizar qualquer nome por qualquer conteúdo ideológico”, disse o parlamentar.