Um grupo de senadores bolsonaristas tem se reunido para traçar estratégias para contestar a indicação de Cristiano Zanin à cadeira no Supremo Tribunal Federal deixada por Ricardo Lewandowski.
O Senado é o órgão designado pela Constituição para aprovar ou rejeitar o nome indicado pela presidência da República, mas desde 1894 não se observa vetos ao escolhido. Apesar de não ter votos suficientes para impedir a indicação, a oposição pretende gerar um desgaste político ao governo Lula por tal escolha. Com informações da Veja.
A ideia consiste em relembrar fatos da Lava Jato que supostamente teriam incriminado o atual presidente e o Partido dos Trabalhadores. Do outro lado, os governistas observam a movimentação, que não chega a ser preocupante.
Além de Zanin, o governo também estuda a indicação de Bruno Dantas, presidente do Tribunal de Contas da União, e Manoel Carlos de Almeida Neto, diretor jurídico da Companhia Siderúrgica Nacional e preferido de Lewandowski.
Enquanto Zanin é atualmente o favorito para a posição, a decisão ainda não é final. Segundo um ministro do governo, ainda há algumas reservas sobre todos os candidatos potenciais. Zanin, em particular, precisará convencer os demais ministros de sua adequação ao cargo.
Os esforços da oposição para inviabilizar a indicação de Zanin são vistos com ceticismo por muitos, já que estão em menor número no Senado. No entanto, os líderes da oposição acreditam que podem conseguir apoio suficiente para influenciar a votação. Mesmo que não tenham sucesso, eles planejam usar o processo de nomeação para chamar a atenção para suas queixas. Um senador já prometeu mobilizar seus seguidores nas redes sociais para protestar contra a indicação.