A primeira-dama da República de Curitiba Rosângela Moro aparentemente tem investido na carreira de conselheira-guardiã-da-moral nas redes sociais.
Ontem, no Instagram, postou uma foto estranhíssima, encenando uma prisão ao segurar ‘grades’ de vime numa casa cafona com legenda ainda mais estranha:
“Sensação de estar presa é estarrecedora. Não façamos nada de errado. Basta ouvir o conselho de nossos pais… tem que ser em segredo? Ninguém pode ouvir? Então está errado! *emojis de beijinhos*”
Pode ler de novo, também não faz sentido pra mim.
Primeiro: presa a quê, exatamente? Ao sacrifício de dormir e acordar com Moro?
Segundo: quem simula grades com um móvel cafona provavelmente adquirido em uma viagem cafona com gente cafona, finaliza com uma legenda sem sentido e tem a pachorra de se sentir alfinetando os #inimigos?
Talvez a mensagem seja um pedido silencioso de socorro e deve faltar muito pouco para que uma sororosa à esquerda escreva uma carta aberta manifestando apoio a Dona Rosângela.
Ou talvez seja o de sempre: aquela vontade incontrolável de ser o centro das atenções, que levou a advogada-primeira-dama a investir até em posts militudos contra o machismo ultimamente pra ganhar popularidade na sua empreitada como influencer enigmática #lacrei.
Mas dessa vez ela foi longe demais.
Citou até o sagrado conselho dos pais pra dar aquela velha lição de moral, do alto de sua superioridade, e o tiro saiu pela culatra: se é errado tudo o que se faz escondido, como disse, então ela decerto não apoia o esquema ilegal (e errado) de orientação entre seu conje e a procuradoria no processo que manteve Lula preso sem provas, não é mesmo?
“Ninguém pode ouvir? Então está errado!”
Corretíssimo, senhora, disse tudo. Pena que, no caso do seu marido, o Intercept ouviu (e contou pro país inteiro).