Sentiu: Dallagnol rebate Gilmar sobre “roubar galinhas” e o desafia para “debate”

Atualizado em 4 de abril de 2024 às 17:06
Gilmar Mendes, ministro do STF, e Deltan Dallagnol. Foto: reprodução

O ex-deputado federal e ex-procurador da Lava Jato, Deltan Dallagnol, se irritou com as declarações do ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que insinuou que ele e Sergio Moro “furtavam galinhas” durante a operação que culminou na prisão de Lula (PT), abrindo caminho para a eleição de Jair Bolsonaro (PL) para presidente.

Em sua resposta, Dallagnol utilizou sua conta no X, antigo Twitter, para rebater as críticas de Mendes. Em uma postagem, ele desafia o ministro para um debate sobre a Lava Jato, convidando-o a confrontar a verdade frente a frente.

“Gilmar Mendes, mais uma vez você me ataca, dizendo que roubava galinhas. Tem coragem de fazer isso frente a frente, ministro? É fácil atacar atrás do seu megafone supremo sem ser confrontado com a verdade. Mais uma vez o desafio para um debate respeitoso sobre a Lava Jato. Você tem a honra necessária para aceitar?”, escreveu Dallagnol.

Recentemente, o senador Sergio Moro, ex-juiz da Lava Jato, se encontrou com Gilmar Mendes em busca de salvar seu mandato no Senado. Na reunião, o ex-ministro da Justiça de Bolsonaro negou quaisquer ilegalidades cometidas durante a operação e tentou se distanciar de Dallagnol, afirmando não ter relação com o ex-procurador.

Durante a conversa, Gilmar Mendes teria provocado Moro, sugerindo que ele e Dallagnol agiam juntos em supostos atos ilícitos. “Você e Dallagnol roubavam galinha juntos. Não diga que não, Sergio”, teria dito Gilmar, que a todo o tempo foi tratado como “ministro” e “senhor” por Moro, a quem preferia responder simplesmente por “Sergio” e “você”, segundo informações do colunista Guilherme Amado, do Metrópoles.

“Tudo o que a Vaza Jato revelou, eu já sabia que você e Dallagnol faziam. Vocês combinavam o que estaria nas peças. Não venha dizer que não”, teria afirmado Gilmar.

Segundo Mônica Bergamo, da Folha de S.Paulo, a audiência foi solicitada pelo parlamentar como parte de uma tentativa de estabelecer um diálogo com magistrados de cortes superiores em Brasília. Moro já havia se reunido com ministros do STF no ano passado.

Durante a conversa, que contou com a presença do senador Wellington Fagundes (PL-MT), eles discutiram temas relacionados ao Judiciário, à Lava Jato e às dificuldades enfrentadas pelo ex-juiz nos tribunais.

Empatado em 1 a 1, o julgamento que pode cassar a vaga de Moro no Senado foi suspenso. Independentemente do desfecho no TRE-PR, o caso seguirá para o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e o STF pode ser acionado para discutir questões constitucionais do processo.

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