Sequestro das vacinas do Butantan é ação de gângster. Por Moisés Mendes

Atualizado em 16 de janeiro de 2021 às 14:33
Eduardo Pazuello e Jair Bolsonaro

Publicado originalmente no Blog do autor:

Por Moisés Mendes

Bolsonaro tentou todas as manobras criminosas para impedir que João Doria começasse a vacinação.

Se a imunização desse certo em São Paulo, o Brasil todo, mesmo que anestesiado, cansado e alienado, poderia reagir e pedir vacina.

Bolsonaro partiu para o ataque direto a Doria. Usou seu bafo homofóbico para insinuar que Doria é gay, desqualificou a vacina da CoronaVac, tentou trazer vacina da Índia.

Nada deu certo. Aí restou a última opção do gângster: sequestrar a vacina do Butantan. É ação de líder de facção, de envergonhar traficantes sem nenhum escrúpulo.

Doria ainda tentou ficar com a parte de São Paulo e entregar o restante das 6 milhões de doses ao governo federal.

Bolsonaro disse que não. Que ele e Pazuello estão saqueando tudo. Porque, se ficar com a parte que lhe cabe, Doria pode começar a vacinação logo.

Esse é o cenário hoje. mas o pior ainda está por vir. E o que é o pior? É o que qualquer um imagina que possa ser. O pior ainda não aconteceu.