Os sigilos das reuniões que Jair Renan Bolsonaro, filho mais novo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), fez em Brasília foram derrubados após o governo do Distrito Federal não recorrer de uma decisão judicial.

De acordo com informações do UOL, os encontros que o “04” manteve na Secretaria de Esportes e Lazer do DF podem confirmar as suspeitas de que ele cometeu tráfico de influência enquanto Bolsonaro ocupava o cargo de presidente.

Segundo o juiz Daniel Eduardo Branco Carnacchioni, que analisou o sigilo, a sede da Bolsonaro Jr Eventos e Mídia, empresa de Jair Renan, localizada no estádio Mané Garrincha, teria sido obtida junto à Secretaria de Esportes “a preço camarada”.

O sigilo havia sido imposto durante a gestão do ex-capitão por uma alegação de segurança. No ano passado, a Justiça havia solicitado as informações sobre as reuniões entre Jair Renan e a secretaria do DF, entretanto, os itens não foram divulgados.

Diante disso, o servidor Marivaldo de Castro Pereira recorreu à Justiça alegando que o sigilo “poderia beneficiar interesses particulares da empresa do filho de Bolsonaro.” O pedido foi acatado em 2ª instância, em novembro do último ano.

A administração da capital federal tinha até 27 de fevereiro para recorrer ao STJ (Superior Tribunal de Justiça). No entanto, a pasta não se manifestou no prazo e o caso “transitou em julgado”, ou seja, não há mais possibilidade de recursos e a secretaria terá de revelar as informações sobre os encontros de Jair Renan em até 15 dias após ser intimada. Não há prazo para a Justiça intimar a pasta.

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