Silvinei foi armado e de farda ao TSE para explicar ação da PRF: “Parecia que ia para a guerra”

Atualizado em 9 de agosto de 2023 às 13:34
Ex-chefe da PRF, Silvinei Vasques. Foto: Reprodução

Quando ainda era diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF), Silvinei Vasques foi convocado a ir pessoalmente ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), no dia do segundo turno das eleições, para explicar as operações que aconteciam nas estradas federais, impedindo que os eleitores chegassem aos locais de votação.

Segundo informações do jornal Valor Econômico, um integrante da Justiça Eleitoral relatou que Silvinei chegou ao tribunal armado e de farda. “Ele parecia que ia para a guerra do Iraque”, contou.

O então chefe da PRF já temia que o presidente do TSE, ministro Alexandre de Moraes, ordenasse a sua prisão.

O temor se concretizou nesta quarta-feira (9). Ele foi preso pela Polícia Federal (PF) em uma operação que apura suposta interferência nas eleições de 2022. A ordem foi expedida por Moraes.

Aliado do então presidente Jair Bolsonaro (PL), Silvinei teria sido o responsável por planejar as operações que ocorreram no segundo turno para prejudicar eleitores, especialmente em rodovias do Nordeste, principal reduto eleitoral de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

A investigação aponta que integrantes da PRF teriam direcionado “recursos humanos e materiais” para dificultar o trânsito no dia 30 de outubro de 2022, buscando atrasar eleitores e evitar que eles conseguissem votar.

“Os crimes apurados teriam sido planejados desde o início de outubro daquele ano, sendo que, no dia do segundo turno, foi realizado patrulhamento ostensivo e direcionado à região Nordeste do país”, disse a PF em comunicado sobre a operação “Constituição Cidadã”.

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