O PCC tem um setor de inteligência que funciona como uma ampla rede de criminosos e é o atual cérebro da facção. Chamado de sintonia restrita, o setor é uma célula que trata de assuntos sigilosos para a cúpula do grupo e é formada por membros de confiança, com grande poder decisório. A informação é da coluna Na Mira no Metrópoles.
Um relatório técnico elaborado pelo Ministério Público de São Paulo detalhou a atuação do núcleo, que entrega informações aos responsáveis pela prática dos crimes. Os integrantes têm liberdade para viajar pelo país e coletar informações, monitorando endereços de autoridades e fazendo a vigilância dos alvos que estão marcados para morrer.
A sintonia restrita ainda atua na contabilidade da fação, projetando os valores gerados com o tráfico de drogas, lavagem de dinheiro e armazenamento das fortunas. O capital costuma ser armazenado em imóveis com cofres em forma de compartimentos secretos.
Os valores são entregues a doleiros, que são responsáveis por recepcionar o dinheiro e guardá-lo para a organização. O transporte geralmente ocorre em veículos preparados com compartimentos secretos.
Segundo o relatório, outros integrantes do PCC desenvolveram uma grande rede de comunicação com um número limitado de pessoas. O sistema é restrito e compartimentado, com celulares distribuídos entre os integrantes.
Uma pessoa específica é encarregada de comprar, configurar e distribuir os aparelhos. A intenção é que não haja risco de que terceiros interajam com os informantes.